Leituras da semana: Jim James, Bikini Kill, audiófilos e mais

Separamos alguns dos melhores textos sobre música que lemos pela Internet nessa semana

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Fotos: Jim James

Semanalmente, tentamos filtrar os melhores textos nacionais e internacionais sobre música que encontramos na rede, a fim de enriquecer ainda mais a bagagem do nosso leitor sobre seus temas favoritos.

Agora você também pode acompanhar as leituras da semana através de nossa Readlist. Ela compila os artigos e permite que você os leia em formato de e-book no seu smartphone, tablet ou até mesmo no Kindle.

Brasileiros

De onde vem o hipster? por Lucas Schutz no Lizt

Vamos aproveitar enquanto ser um hipster ou criticar um está na moda e esgotar esse assunto o máximo possível. Já analisamos aqui no Monkeybuzz do ponto de vista musical, o que é a Identidade Indie que se mistura com o hipster em muitos aspectos se não forem a mesma coisa. O Lizt fez uma análise interessante e cheia de referências sobre de onde vem o termo e suas conotações.

“Voltando um pouco para os anos 30 e 40 nós achamos referências de afro-americanos usando o termo hip para designar quem era “sophisticated, fashionable and fully up-to-date” (sofisticados, fashion e totalmente ligado).”

No ponto no Divirta-se

O Estadão entrevistou a Grizzly Bear em sua passagem pelo Brasil. Em uma conversa curta, mas bastante útil para entender a importância que cada integrante tem na banda e na forma colaborativa com que trabalham e como isso influenciou Shields, seu último trabalho.

“Percebemos que abrir as coisas e deixar as músicas mais colaborativas davam um senso maior de coletividade para nós. Na hora que percebemos isso, tudo correu bem.”

A batalha contra a ironia está perdida por Gustavo Mini no Conector

O artigo de Christy Wampole para o New York Times sobre “Como Viver Sem Ironia” e que traz a tão discutida citação “Se a ironia é o éthos de nossa época – e ela de fato é –, então o hipster é o nosso arquétipo do estilo de vida irônico” já rendeu uma resposta da Vice sobre os hipster trombonistas já citado aqui. Agora é a vez de Gustavo Mini tirar suas próprias conclusões. Enquanto esse artigo estiver rendendo outros bons assim, está valendo a discussão.

“Indo adiante, percebe-se que o bullying intelectual não é centrado em um grupo de contornos definidos, em frequentadores de determinadas casas noturnas, cafés ou bairros, mas cobre formas de interação e de consumo que estão se tornando a característica de uma geração inteira.”

Som: entre a fidelidade e a nostalgia | WTF #12 por Eduardo Pinheiro no Papo de Homem

A tecnologia está melhorando, mas mesmo assim o vinil voltou. E aí? Qual será o melhor formato para ouvir música, o mais fiel, ou o que te agrade mais?

“O aspecto mais importante da criação e reprodução, principalmente de música é que este é, desde o princípio, um processo artificial. Esse é um ponto importante, porque isso muitas vezes é esquecido, mas lembrar disso nos ajuda a desbaratar boa parte das confusões com relação ao que é melhor em termos de som.”

Internacionais

Bikini Kill is making things again por Laura June no The Verge

Bikini Kill, cultuada banda de Punk Rock, pioneira no uso de letras feministas conta um pouco sobre o relançamento de alguns trabalhos e como lidar com a distribuição da música que mudou tanto do início da década de 90 para agora, principalmente com os serviços de streaming. Vale também checar no artigo, mais um layout incrível do The Verge.

“Bikini Kill is, according to Kathi, doing things in much the same way as they did back in the ‘90s: Tobi Vail (also the drummer of the band) is handling mail order of the records and t-shirts, and each package includes a note. But the world that those packages are sent into is very different than it was in 1992.”

Jim James por Larry Fitzmaurice no Pitchfork

O frontman da My Morning Jacket está lançando seu trabalho solo e concedeu entrevista ao Pitchfork. Na conversa, falou sobre sua nova sonoridade e o contraste entre a satisfação e a insatisfação dos fãs em cada novo trabalho, um pouco do que dissemos esta semana no texto *Isso não é Rock “de verdade”!.

“I don’t think about taking risks anymore because there aren’t any risks to take. If you always make the same record over and over, people will say, “Those guys are so fuckin’ boring.” If you change, they’re like, “God, I fuckin’ hate the new shit. Why don’t they just stick to the old shit?”

Stress Position: Gorgoroth – Under the Sign of Hell por Chris Coplan no Consequence of Sound

O Consequence of Sound inaugural uma série muito interessante em que pede para um de seus críticos escolherem um álbum de uma banda ou gênero que odeiem com todas as suas forças e passem no mínimo 12 horas escutando para se sentirem um pouco mais próximos de algo que sempre evitaram. O primeiro foi Chris Coplan, inimigo do Metal que escolheu o álbum Under the Sign of Hell da Gorgoroth.

“I’m starting to think that I might be a happier person if I stopped relishing in my hatred and grew to even mildly appreciate things I’ve hated with glee. Maybe my back will stop hurting sometimes and I can sleep more than seven hours at a time.”

The Sounds of Capitalism por Eric Harvey no Pitchfork

O Pitchfork entrevistou o musicólogo Timothy Taylor que acaba de lançar seu novo livro The Sounds of Capitalism em que fala um pouco do uso comercial da música Pop desde seus primórdios.

“People I interviewed who went back to the 50s “Mad Men” era said that budgets were pretty much unlimited, so if you were a composer you could hire a 30-piece orchestra or the best studio musicians in New York and Los Angeles to do your commercials.”

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.