No Mês do Desgosto, Separações e Novos Rumos

Recentemente, algumas bandas se separaram e seus integrantes tomaram seus próprios caminhos, como os irmãos Gallagher (foto). Relembre outros casos

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“Agosto é o mês do desgosto” – É assim que o ditado popular batizou o mês que dá início (pois, convenhamos que Julho é um mês de transição, hora de tirar férias e relaxar) para valer no segundo semestre do ano. E se esse rótulo não é muito positivo, é hora de relembrar um desgosto específico que ocorreu dentro das bandas nos últimos tempos: separações.

Sonic Youth

E quando o rompimento envolve inclusive a separação real de um casal? Foi o caso que culminou – ou ajudou a culminar – no fim do Sonic Youth em 2011. Após o divórcio de Kim Gordom e Thurston Moore, as duas principais peças da banda, o grupo encerrou suas atividades e, ironicamente – ou como sinal de tempos ruins, como alguns afirmam -, após lançar seu último disco de estúdio, intitulado The Eternal.

Com o fim da banda, Moore seguiu seu caminho de produtor e também criou Chelsea Light Moving, seu novo projeto. Já Kim ainda mantém vivo seu projeto Free Kitten, que vinha sendo tocado em paralelo ao Sonic Youth, enquanto Lee Ranaldo – outra parte importante da banda – tocou sua já existente carreira solo, inclusive passando recentemente pelo Brasil.

Yuck

Outra banda que aposta no Noise em seu som teve despedidas. O recém-xodó de muitos, Yuck, teve perda fundamental. O até então quarteto perdia seu vocalista, guitarrista e principal compositor, Daniel Blumberg, que procurava agora espaço para – mais um – projeto solo, o qual deu o nome de Hebronix, projeto esse no qual deixou de lado as distorções e apresentou uma sonoridade carregada de dores sentimentais. Enquanto isso, Yuck seguiu com Jonny – que assumiu os vocais -, Mariko e Max, os quais se preparam para lançar o segundo álbum da banda.

Oasis

Um do ícones dos anos 90 e do Britpop há pouco mais de 18 anos teve sem fim. Após tantas brigas entre os irmãos Gallhager, a banda encerrou suas atividades em 2009 e gerou dois novos projetos. O primeiro, liderado por Noel, ganhou o nome de Noel Gallagher’s High Flying Birds. Por parte de Liam, formou-se Beady Eye. Ambos os grupos foram bem rebebidos pela crítica e principalmente pelos fãs de Oasis, entretanto sempre gerando a discussões de qual é melhor, tendo o fator “Gallagher favorito” como um elemento decisivo na escolha. Quanto ao retorno do Oasis, os irmãos sempre põem uma pá de cal e afirmam friamente que isso não acontecerá.

The Libertines

Ainda na Inglaterra, os garageiros do The Libertines foram as meninas dos olhos do público e da mídia logo que surgiram. juntando as boas letras de Pete Doherty, os arranjos de Carl Barât e uma boa cozinha por parte de Gary Powell e John Hassall, o grupo lançou seu primeiro disco e logo fez sucesso local e global. Porém, brigas internas eram frequentes, principalmente pelo mal comportamento e falta de comprometimento de Pete. A gota d’água foi – ao que dizem – quando Doherty chegou a furtar coisas de seus companheiros de banda para sustentar seu vício nas drogas. Internado várias vezes, o músico não dava sinais de que traria bom clima de vivência com a banda e, desse modo, o retorno só ocorreu por pedido de um festival, em 2010, mas apenas para essa apresentação. Porém, fãs ainda aguardam esperançosos por essa improvável reunião enquanto ouvem as bandas “solo” Babyshambles, de Pete, e Dirty Pretty Things, de Gary e Carl – que saiu em carreira solo após o final de sua nova banda em 2008.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).