Rilo Kiley e o Sucesso Quase Anônimo a partir da Tela da TV

Hora de relembrar o curioso sucesso da banda da cidade mundial do estrelato que veio através de várias apraições em trilhas de séries famosas

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Rilo Kiley (rai-lou kai-li) é um bom exemplo de banda que estourou no mainstream, mas que quase ninguém notou. Jenny Lewis, a vocalista, é aquela voz que fica na sua cabeça com a pergunta de “eu já ouvi essa voz em algum lugar?” e não sabemos responder para nós mesmos.

Formada em 1998 na cidade do estrelato mundial, Los Angeles, a banda era formada por Jenny, Blake, Pierre, Jason e Dave e num primeiro momento chamava atenção timidamente. Embora o gostoso – e quase Twee Pop – com um pezinho aqui e acolá num Country Pop – como na faixa Gravity -, o primeiro disco (mais precisamente um EP) do grupo, The Initial Friend não deu um boom que poderia se esperar. Porém, era nele que estaria uma das faixas mais famosas da banda – The Frug -, e que viria a aparecer no meio onde mais se dissipou as melodias do grupo. E não era através de discmans e os primeiros modelos de iPod, mas das telas de televisão.

Confesso não me lembrar de uma banda que apareceu tanta vezes, com músicas diferentes, e em tantas séries diferentes de TV como Rilo Kiley. Com melodias que casavam muito bem com seriados adolescentes, apareceu em diversos seriados importantes como The OC, com Portions For Foxes; Dawsons Creek, com a citada acima, The Frug; Grey’s Anatomy com Breakin’ Up; e em Buffy com Pictures of Success, além de outras séries de menor expressão. E se a impressão que fica é que RK foi uma trilha só para a mídia noventista ou do começo dos anos 200, ela está errada. Duas séries atuais possuem músicas da banda em sua trilha: a cheia de músicas alternativa, Girls, com Silver Lining; e no novo fenômeno do stream/on demand Orange Is The New Black, com A Better Son/Daugher.

Apesar de notarmos uma mudança um pouco menso tímida e mais Pop e menos inocente e bobo do primeiro disco para o restante da discografia do grupo, o que mais chama a atenção é, primeiro, a extensão de tas trabalhos por entre as escolhas de trilha, tento todos os cinco com uma faixa elegível, e em segundo, e mais interessante, a naturalidade das músicas, que sempre soaram orgânicas sem parecer ter uma imposição da gravadora ou da mídia para que fossem feito de tal maneira ou de outra.

Sim, foi dito cinco discos e não seis, pois o sexto trata-se de uma compilação de faixas não lançadas e que chegou às lojas em 2013 e marcou uma consolidação do ponto final que viria a ser o hiato da banda que foi dado em 2011.

Entretanto, os fãs de RK não estão desamparados. Além de participações com outras bandas e artistas, – como backing vocals no álbum Give Up de The Postal Service, na canção Hard Enough, de Flamingo,álbum do projeto solo de Brandon Flowers; e em Afraid of Heights, do disco homônimo da banda Wavves -, Jenny trabalhava desde 2006 em seu projeto solo, o qual acumulava até o começo desse ano dois discos, está prestes a ganhar agora no final de Julho o terceiro, intitulado The Voyager.

A julgar pela boa recepção de Rabbit Fur Coat – o primeiro disco solo de Lewis – e pelo single, lançado há poucos dias, Just One Of The Guys, as expectativas são de um disco que irá matar saudades do que um dia já foi Rilo Kiley, seja em seu momento de diversão ouvindo em seu discman pelas ruas ou assistindo seu seriado favorito.

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MARCADORES: Redescobertas

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).