Royal Blood em Poucas Palavras

Por telefone, Mike Kerr comenta a rápida ascenção da dupla à fama

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“Você tem que olhar pra música e pensar no que vai deixá-la melhor, em como fazer música boa”, contou Mike Kerr ao Monkeybuzz por telefone. A metade-fundadora do duo inglês Royal Blood tirou alguns minutos durante estadia em sua terra natal para conversar com nossa redação sobre seu primeiro álbum, também batizado Royal Blood.

Junto ao baterista Ben Thatcher, o baixista tem conquistado seu espaço no meio do Rock ao redor do mundo ao trazer um som que trabalha algumas das qualidades mais próprias do gênero, peso e energia, mesmo sem utilizar um de seus elementos mais característicos, a guitarra elétrica convencional.

Suas músicas são criadas, então, na união dos três timbres: Voz, baixo e bateria. Quando perguntado sobre o motivo de investir nesse formato, respondeu: “Por que não?”, confirmando que essa é a forma que deixaria suas composições melhores. “Muita gente já fez isso antes”, continua”, “Led Zeppelin é um bom exemplo. Acho que é uma mistura de amizade e música que funciona”.

A questão é que ele não é o único a pensar que acertou no formato, já que a aceitação de seu som tem sido ampla em todo o mundo. Sobre a fama repentina (os dois começaram a trabalhar juntos no ano passado), Kerr afirma que a melhor maneira de lidar é “vivendo cada dia um de cada vez” e também “aproveitando ao máximo” todos eles.

Esse sucesso todo não é inesperado, já que é difícil imaginar um fã de Rock que não se agrada pelo menos um pouco com o trabalho do duo – ele lista Nirvana, Black Sabbath e Foo Fighters entre suas influências -, que já começou acumulando uma turnê com Pixies pelos Estados Unidos – experiência que, para alguém vindo de um país europeu de proporções modestas em termos de área, ele descreveu como cansativa, já que viaja-se muito para ir de um lugar ao outro.

E essa não foi a primeira vez que a dupla associou-se a uma banda de renome. Na verdade, um capítulo importante em sua história começa aí: Antes de abrir shows para Arctic Monkeys no Reino Unido, o nome Royal Blood foi visto na camiseta do baterista Matt Helders durante a apresentação do grupo de Alex Turner no grande festival de Glastonbury. Sobre os esses amigos músicos, Mike diz serem “boa gente, boa companhia”, naquela economia de palavras que os britânicos sempre fazem.

Por falar em shows, ele diz estar “com os dedos cruzados” para conseguir vir ao Brasil em breve. Ao ser questionado sobre uma possível aparição no país em 2015, ele apenas comentou que nada ainda foi confirmado, mas que adoraria vir, assim como ainda quer tocar na Islândia e África do Sul, por exemplo.

Ainda há tempo, porém. O mais impressionante em toda a história é como Royal Blood ainda está muito no começo da carreira e muita coisa pode acontecer, desde shows em todos os continentes a uma presença maior no cenário do Rock. Até agora, a banda tem feito por merecer.

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ARTISTA: Royal Blood
MARCADORES: Conheça, Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.