Soffi Tukker: “Fazemos a música que queremos ouvir”

Duo com base em Nova York falou ao site sobre suas composições e dinâmica de trabalho

Loading

Fica difícil não gostar de Sofi Tukker. Os dois são bonitos, fazem um som dançante e pronto para atingir as multidões e ainda conseguem imprimir identidade e muito valor às suas composições.

Falando ao Monkeybuzz por telefone, Sophie Hawley-Weld e Tucker Halpern afirmaram que fazem “a música que queremos ouvir”, e é por isso que ela tem feito sucesso. “Isso faz com que todos os instrumentos, vocais, vibe, tudo seja muito autêntico”, afirma ele – e esse é um bom termo para descrever o som que a dupla trabalha, como vimos no recém-lançado Soft Animals, que mistura referências distintas para criar um som sempre dançante com letras até mesmo em português.

“As músicas são poemas do poeta brasileiro Chacal”, explica Sophie, “eu o conheci na universidade, quando morei no Rio por seis meses, ficamos amigos e ele me mostrava sua poesia e eu interpretava seus versos em músicas. Ele nos deu todo o apoio, sempre tem poemas incríveis para nos mostrar. Eu adoro as coisas que ele escreve, elas têm muito ritmo”.

“A maneira com que eu vejo isso como produtor é [o vocal] como mais um instrumento”, conta Tucker, “eu não falo português, então é mais um gancho, é mais uma parte divertida que se repete na faixa”. “Mas eu canto toda noite mesmo assim”, revela ele, “e eu fico corrigindo a pronúncia”, brinca ela.

É difícil conversar com os dois, que têm um projeto tão recente, e não comentar a exposição que receberam ao ter Drinkee como trilha de um vídeo do Apple Watch. Tucker comenta que o projeto “cresceu muito depois da música aparecer no comercial” e que ambos tem se esforçado bastante para aproveitar o bom momento. “Tentamos estar à frente de tudo isso”, segundo Tucker,” tentamos compor mais músicas que ainda vamos lançar, trabalhamos bastante, viajamos e construímos relações com fãs durante os shows”.

“Mas não é um lance de ficar pensando na urgência de lançar alguma coisa nova neste mês”, explica ele, “é mais uma questão de ir com calma, de fazer as coisas estrategicamente e seguir produzindo”. “É tudo uma celebração que nos inspira a escrever mais, a continuar trabalhando e fazer coisas que gostamos”, revela Sophie.

Sobre a maneira com que os dois colaboram na música, ela explica que trabalham juntos: “Quem faz o quê depende da música. Gostamos de fundir as ideias”. Ele conta que “no geral, Sophie cuida mais das letras e eu estou no computador fazendo percussão e beats, mas, no geral, é algo que fazemos juntos. Às vezes, nem sabemos quem fez o quê em uma música”.

Não é difícil enxergar uma dinâmica de parceria entre os dois, tudo com grande carinho e amizade. “Sophie traz uma profundidade autêntica às músicas”, ele conta, “ela conecta muito o que ela diz com a maneira que canta quando se apresenta. Há algo doce e sensual nela que acho que faz com que as pessoas se conectem bastante às canções. Ela também tem um quê de estar em seu próprio planeta, o que é engraçado, mas acho que completa bem minha personalidade”, brinca.

“Se eu estou no meu próprio planeta, Tucker está no planeta onde todas as outras pessoas estão”, responde Sophie entre risos. “Mesmo quando estamos tocando na balada, ele saca o que as pessoas querem, qual é a vibe do pessoal e o que dar a eles”, explica, “ele é muito bom em ler pessoas e públicos. Eu costumava fazer música que não era muito acessível (Tucker diz: “era chata!”), sim, era meio chata (risos). Graças a Deus pelo Tucker. Ele também tem isso de se esforçar bastante, por ter sido jogador de basquete, ele trouxe uma boa ética de trabalho para nossa dinâmica”.

Loading

ARTISTA: Sofi Tukker
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.