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Solange Knowles esqueceu seu sobrenome e você deveria fazer o mesmo. Se seus motivos para querer ouvir ou para passar longe do som da garota tem a ver com seu parentesco com Beyoncé, a mais famosa da família Knowles, entenda de uma vez por todas que Solange já carrega credenciais próprias e nos dá motivos de sobra para querermos que o 21 de novembro, data em que ela se apresenta em São Paulo, chegue logo.
No início, era com seu nome completo que a moça se apresentava. Porém, no vai e vem da vida, ela preferiu focar sua atenção em uma proposta de menor escala que sua irmã mais velha, daí a ideia de também se mostrar sob uma alcunha mais singela. Já o talento impresso no DNA, esse ninguém consegue esconder.
Parte do que Solange alcançou deve-se a Dev Hynes (Blood Orange), seu novo parceiro na produção de suas faixas e uma espécie de mentor para que ela encontrasse sua sonoridade ao invés de comer as migalhas de Beyoncé – o caminho que tantos queriam que ela seguisse.
É interessante ver a nítida mudança na sua música de uns anos atrás pra agora. Dentro de outra gravadora, ela explorava um som bem fincado no R&B mais comercial e uma pose mais diva. Não me entenda mal – era bom e seu potencial já era evidente. Contudo, sua nova atitude, algo mais “gente como a gente”, é muito mais interessante (isso sem contar a levada Pop que Hynes ajudou a esculpir). Compare:
E é esse o som que Solange trará ao Brasil para sua apresentação no Cine Joia em novembro, com as músicas de seu EP True. Pode ser também que ela já nos mostre algumas das faixas de seu próximo álbum, no qual ela está trabalhando e ainda não tem previsão de lançamento.
Com ou sem álbum lançado, teremos até lá novo clipe, provavelmente algumas músicas inéditas e mais notícias sobre o disco. Ou seja, mais do que o suficiente para entrarmos cada vez mais no clima da apresentação e termos certeza que pouco vai importar de seu passado ou sua família quando ela entrar no palco. Afinal, estaremos diante de uma artista que chama a atenção por si só.
