Toda terça-feira, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.
Três perguntinhas, sem enrolação, para…
César Lacerda
(Veja também com Leonardo Braga (Planar), Bruno Costa (Cheddars) e Barbara Ohana, entre outros)
Que discos te influenciaram a fazer música?
“Fazer música nasceu antes da compreensão e do compromisso da escuta de um disco enquanto obra. Mas, no início da adolescência, a descoberta do Rock Progressivo e toda a mitologia no universo daquelas bandas me fez mergulhar nessa história: Selling England by the Pound do Genesis, Close to the Edge do Yes e Thick as a Brick do Jethro Tull foram discos que me marcaram bastante e orientaram em mim formas de pensar e entender um disco. Mais tarde, eu descobri uma dinâmica dramaturgica diferente nessa ideia de álbum, e aí mergulhei em histórias brasileiras como: Clube da Esquina, Transa do Caetano Veloso, Matita Perê e Urubu do Tom Jobim, e mais uma infinidade de grandes títulos. Notadamente, não posso deixar de citar Kid A do Radiohead, Eco do Jorge Drexler, Grace do Jeff Buckley e Ventura do Los Hermanos”
Pra você, o que faz uma banda ser boa?
“Essa coisa de banda está de certo modo ligada a uma ideia de juventude, não é mesmo!? Aos aspectos mais imediatos e iluminados desse período da vida. Parece-me que uma boa banda está conectada com as manifestações de um tempo. A forma como aquele grupo de pessoas compreende o sentimento mais alargado de uma geração, os define e os representa. Uma boa banda é definida, em suma, por esse desejo de ter estampados ali, em músicas, roupas, modos de agir e pensar, os traços mais singulares, e por isso mesmo, espetaculares de uma época”
Qual o seu lugar favorito no mundo?
“O lugar que dentro de mim eu me encontre em paz”