tantas coisas com Jup do Bairro

Jordan Peele, Massive Attack, passado Emo e desmontar (e montar) um guarda-roupa

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Ando obcecada pelo disco…

Rolê nas Ruínas desde o ano passado. Mateus Fazeno Rock é uma mistura de tudo que eu gosto além de ser uma pessoa extremamente doce e cativante. Ainda não o conheci pessoalmente, mas já estamos trabalhando em uma faixa a distância, está sendo incrível. Um outro disco que tem me bagunçado muito é o 40˚.40, do SD9. Conheci o SD9 no Brasil Grime Show de 2019 e no lançamento do ano passado minha cabeça fez um “wow, o Rio de Janeiro continua…”.

Meu ritual pré-festa/pré-festival…

Eu sou muito caseira, mas como moro longe da região central de São Paulo começo a me preparar cedo. Gosto de me maquiar com calma, troco de roupa 1 milhão de vezes, então se o esquenta for na minha casa toda paciência do mundo será bem-vinda.

O último filme que fez minha cabeça foi…

Eu estou platonicamente apaixonada pelo diretor Jordan Peele. Get Out! (Corra!) e Us (Nós) são os meus filmes favoritos do momento. E como não sou monogâmica (nem sempre) minha outra paixão Daniel Kaluuya não me deixa ignorar Queen & Slim, com a incrível Jodie Turner-Smith.

Meu disco favorito para ouvir cozinhando…

Eu amo cozinhar, acho que pode ser um ofício a explorar mais pra frente (não é pra tanto), cozinho com muito amor e dedicação. Eu tenho algumas playlists que gosto de cozinhar, com estilos diferentes no repertório, mas creio que se falando em álbum com certeza seria Love Deluxe, da Sade, e Heligoland, da banda Massive Attack.

A ideia mais mirabolante que eu tive nos últimos dias foi…

Outro dia eu estava em casa sem muito o que fazer e disse: vou desmontar e montar meu guarda-roupa. A desmontagem durou apenas um dia e a montagem cinco, ainda estou apreensiva pois sobraram parafusos.

Os artistas que mais me influenciaram na decisão de fazer música foram…

Não sou filha de músicos, mas minha família sempre foi muito musical. Meus primos tiveram um grupo de hip hop na adolescência, meu pai sempre foi um grande pesquisador de música por hobby, nasci e me criei sob corais de igrejas no berço do Rap nacional, Capão Redondo. Mas me lembro que a primeira vez que ouvi Admirável Chip Novo, da Pitty, eu pensei: “eu gosto muito disso daqui”. As metáforas com o tempo, tecnologia e sentimentos dramáticos me contemplavam e me contemplam até hoje. E fui emo, né? Ainda não consegui superar que tenho o Lucas Silveira no meu WhatsApp.

Os discos que eu mais ouvi na vida foram…

Minha vida é marcada por músicas quando penso em ciclos cronológicos. Lembro que meu pai em vida ouvia repetidamente Passado e Presente, de Nelson Gonçalves. Quando ouço “Naquela Mesa” sempre me emociono muito e desenho imagens no fundo de minhas lembranças. Tenho muita vontade de interpretá-la ainda.

O primeiro videoclipe que eu me apaixonei foi…

Sem dúvidas “Thriller”, do Michael Jackson. Quando assisti aquilo com atenção e maturidade, foi que eu entendi o que era um videoclipe. Eu me senti inundada e tudo me seduzia. Foi quando eu comecei a pesquisar e entender o que era um roteiro, o roteirista, direção, figurino e logo percebi que aquilo também era arte e que a arte poderia ir além de nossas perspectivas reais e humanas.

Queria produzir/compor uma música junto com….

Tanta gente, eu amo o encontro e a possibilidade de conflitar ideias para se tornar outra. Sem dúvidas, gravar com quem já gravei é gigante pra mim pois são minhas reais referências. Mas Cartola seria uma grande parceria, Sampa Crew e Björk.

Eu adoraria aprender a tocar…

Eu sempre amei instrumentos clássicos: violino, piano, flauta transversal… Acho que se dá justamente pela falta de acesso. Eu via esses instrumentos no filmes antigos do Canal 21 ou até mesmo no Domingão do Faustão e achava aquilo tudo tão chic.

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ARTISTA: Jup do Bairro
MARCADORES: Tantas Coisas