The xx: 3 motivos para ouvir e 3 bandas influenciadas pelo seu som

Enquanto o álbum “Coexist” não é lançado oficialmente, saiba por que conhecer o trio londrino

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Fotos: J.J. Medina

O trio londrino The xx está prestes a lançar seu segundo disco de estúdio, Coexist. Desde que lançou seu primeiro trabalho físico homônimo e divulgou de forma tímida suas canções tocantes, tem conquistado mais corações e ouvidos com o passar do tempo.

Por que isso acontece? Qual é a graça da banda minimalista? Eles realmente fazem um som que merece tanta atenção? Essas e outras respostas você encontra logo abaixo, em três motivos para prestar atenção neles e três boas novidades que são influenciadas diretamente em sua musicalidade.

01- A ocasião faz o ladrão (de corações)

O primeiro álbum homônimo da banda foi lançado em 2009. Levando em consideração a perspectiva geral das novidades musicais do ano em questão, o Pop radiofônico estourou como não acontecia há algum tempo antes.

Uma safra muito boa para Beyoncé, e para as novatas da época Lady Gaga, Katy Perry e Taylor Swift, respingando também para a vertente Indie Rock, em bandas destaque como Phoenix, Franz Ferdinand e Passion Pit.

A carência de algo mais simples, intimista e tocante era praticamente inperceptível a olho nu. O The xx notou esse vácuo e preencheu a vaga de forma coesa e bem aplicada, sem muito alarde e fazendo o que gosta. Vendo por esse viés, fica difícil dizer que foi apenas uma jogada de sorte.

02 – Os arranjos e vocais “samuraimente” precisos

É impossível não comentar sobre a estrutura musical do trio, ex-quarteto. Ao ouvir cada faixa, é possível se notar cada instrumento e cada nuance diferente de voz, de sintetizador ou dedilhar do baixo.

O trabalho baseado no perfeccionismo do The xx sempre buscou ser tão impecável que assim que a ex integrante Baria Queshi começou a fazer corpo mole para ensaios e apresentações, Jamie Smith, Romy Madley Croft e Oliver Sim resolveram formar um trio comprometido. Sem essa de substuição por qualquer coisa.

03 – Muita gente curte uma fossa (mesmo que de vez em quando)

Não dá pra evitar. Seja pra tirar as coisas ruins da cabeça, seja pra chorar depois daquele pé na bunda, porque a vida não vai pra frente ou porque você se sente a vontade no dia pra ouvir algo menos “dançar até os pés caírem”, fossa é como gripe, vem e passa. Diferente do som da banda, que pega no ponto fraco da pessoa e pronto, tá feito. A chance de ouvir em looping a partir daí é fatal.

Se a calmaria da guitarra e a voz doce de Romy que você ouviu uma vez te fez gostar, mesmo que num momento de tristeza, você vai passar a ouvir em tantos outros, seja para se inspirar ou pra refrescar a memória. Acredite. Tanto que algumas bandas mais novas mostram essa referência em sua própria música.

Vale conhecê-las abaixo enquanto Coexist não chega as lojas:

Daughter

A banda encabeçada por Elena Tonra já foi falada aqui pelo Monkeybuzz sobre seu mais recente single. Ouvindo algumas canções da cantora e sua banda, é possível notar o arranjo e atmosfera que lembra facilmente o xx. Apesar de ter um caráter mais impactante, até mesmo a voz de Elena se assemelha a de Romy pela doçura.

A aposta é certa e vale conhecer e ouvir mais de seu trabalho pelo canal próprio no YouTube e Soundcloud

Alpine

Os australianos também podem agradar aos ouvidos de quem busca um som parecido com o do xx. Os instrumentos dedilhados nas introduções das canções e coros femininos dão a ambientação certa que é possível reparar-se também no som de Romy, Oliver e Jamie.

Também focados no estilo Dream Pop, é possível conhecer mais deles a partir de seu disco A Is For Alpine. Veja uma prévia no clipe abaixo:

††† Crosses

Essa talvez seja a indicação para os que gostam de se arriscar mais. O ††† tem um gama de influências mais ampla, passando pelo Trip Hop, Dream Pop e indo até a um vocal mais melódico e não tão contido.

Mas o que vale por aqui é a maneira como tudo é aplicado, e como essa mistura mais soturna pode ser interessante, lembrando lá no fundo uma referência ao grupo.

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Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.