Três Motivos Pelos Quais CHVRCHES Pode Ser Uma Das Suas Novas Bandas Favoritas

Trio escocês tem nas mãos o potencial de se tornar os queridinhos de muita gente e quem sabe não se torna o seu também

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Nos últimos anos, com cada vez mais artistas fazendo músicas para atender a nichos cada vez mais específicos, poucas bandas conseguem se espalhar o suficiente entre tantos grupos a ponto de se tornar um grande sucesso (daqueles que víamos nas décadas passadas). O trio escocês CHVRCHES é uma das poucas, desta nova safra de bandas, que tem em suas mãos o potencial de realizar isso e por todos os indicativos que deu até agora é muito provável que em breve o grupo de Glasgow se torne mais um daqueles fenômenos mundiais com ampla aceitação de crítica e público.

O interessante é que a tríade faz um som que por mais que se encaixe em um nicho (bem) especifico (o Synthpop, no caso), consegue apresentar outros tantos atrativos ao ouvinte, que por mais que não seja familiarizado com o uso dos sintetizadores consegue se identificar com a musicalidade Pop do trio. E Pop talvez seja o adjetivo que melhor defina a pegada de Lauren Mayberry, Iain Cook e Martin Doherty e você vai notar isso ao dar o play em qualquer faixa já produzida por eles.

Batendo na mesma tecla mais uma vez: o som proposto pelo trio é essencialmente Pop – por mais que use como combustível o Synthpop e Electropop. Daqueles que quem gosta de músicas do gênero pode amar instantaneamente e para aqueles que não são tão apegados ao estilo irão se comunicar por outros motivos (o resgate ao som oitentista, a vibe dançante, as letras ou mesmo a ambientação semi-experimental). Se isto ainda não está tão claro, vamos listar alguns dos motivos pelo qual o CHVRCHES pode se tornar uma de suas bandas favoritas (sé é que ela já não é).

Muito mais que uma hype

Apesar da Indústria do Hype ter trabalhando fortemente em cima do trio (o que, é claro, ajudou e muito em toda a visibilidade alcançada principalmente no último ano), Lauren e companhia provaram ser muito mais que uma simples buzz band embalada pela necessidade de veículos sensacionalistas venderem algumas tiragens a mais. Com sólidos EPs e um disco de estreia incrível, a banda deixa para traz qualquer dúvida sobre seu potencial ou talento.

Longe de fazer algo inovador ou revolucionário, a maior qualidade do trio esta na verdade em adaptar estilos usados há 30 anos e reagrupa-los em um novo misto que faça sentido hoje em dia. Você não precisa ir muito longe para ouvir sons que bebam das mesmas fontes (e só neste ano tivemos um monte deles por aqui), mas certamente terá grande dificuldade em encontrar algum grupo que consiga imprimir a mesma qualidade em composições, letras, arranjos e apelo Pop visto nas produções da tríade. Te desafio também a encontrar estas mesmas qualidade em outros tantos artistas que lançaram discos recentemente, (por mais que muitos sejam muito bons) vai ver que poucos deles são tão completos.

Lauren Mayberry

Um dos principais motivos para o trio ser o que é, é ter a presença de Lauren nos vocais. Sua voz e o seu jeito de doce de cantar, complementados pelos arranjos sintéticos dos marmanjos da banda, formam um dos maiores atrativos sonoros do grupo – isso sem contar a beleza da moça. A instantaneidade Pop desta confluência surge como um misto incrivelmente pegajoso, porém no bom sentido. Daquelas faixas que por mais que você ouça à exaustão de seus ouvidos, não irá te fazer enjoar facilmente (e digo isso por experiência própria).

Todas as faixas poderiam ser single

Mesmo se tratando de música Pop, fazer um disco em que todas as faixas possam pleitear o papel de próximo single é uma tarefa realmente difícil – e creio que você não conte em duas mãos discos lançados nos últimos cinco anos que estejam à altura deste desafio. Mais do que à altura, em seu disco de estreia, The Bones of What You Believe, o trio já queima um de seus maiores sucessos, The Mother We Share, logo na primeira faixa. Conseguindo manter o clima de desfile de hits durante pelas suas demais onze faixas, este é um dos fortes concorrentes a “melhor álbum do ano” (e creio que você irá vê-lo em diversas listas das mais variadas fontes por aí).

Recover, Gun e Lies, singles apresentados durante este ano, também aparecem como destaques do álbum, mas não são somente as faixas conhecidas que ganham os holofotes. Como já dito anteriormente, qualquer faixa podia tranquilamente assumir o posto de single, mas minha aposta vai para We Sink (um bom exemplar de um Glitch Pop ruidoso e incrivelmente pegajoso).

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ARTISTA: CHVRCHES
MARCADORES: Guia

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts