Yearbook of Techno: Aun Helden

Toda semana, vamos apresentar por aqui um formando diferente da “Escola do Techno”

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Fotos: Eduardo Urzedo/Monkeybuzz

Aun Helden, 22 anos, de São Bernardo do Campo, performer e péssima maquiadora.

Daqui dez anos, eu…

Serei bem diferente do que sou agora. Gosto de estar em constante mutação e transformação na minha imagem e nos meus pensamentos. Pretendo trabalhar ainda mais com música, algo que já está no caminho. Hoje é performance, mas acho que em algum momento será som. Quero descobrir como é em som o que hoje eu crio como imagem. Daqui dez anos eu vou ter uma voz, diferente de agora.

Se eu pudesse escolher um poder seria…

Acabar com a heterossociabilidade e todos as formas quadradas de pensar.

Se eu fosse dominar o mundo…

Não gosto deste pensamento de poder e de controle do mundo. Isso não me satisfaria. Mas, se eu tivesse essa oportunidade, manipularia este poder para reestruturar um sistema político no qual o mundo fosse um lugar mais saudável para todos os tipos de corpos.

No meu baile de formatura eu quero entrar com…

A minha mãe.

E na entrada do baile eu quero ouvir…

Uma track bem viada da Linn da Quebrada…”Coytada”!

O meu look do baile é…

Com o visual da minha performance, que me conforta bastante, mas usando também um vestido Alexander McQueen.

E vou servir o ponche batizado para…

A minha mãe. Para ela ter uma experiência diferente.

Na Escola do Techno o meu grupo é…

Eu fico entre o fundão e a galera CDF.

O clube que eu fundaria na Escola do Techno é…

Uma oficina de experimentação corporal, para que todos possam ter essa liberdade.

Eu sou o orgulho da minha família e dos meus amigos, porque…

Não sou o orgulho dessas pessoas, mas eu sou o orgulho de mim mesma. Construo algo que, no sistema onde estou incluída, não deveria existir. É como se eu não pudesse estar aqui, sabe? Então sinto muito orgulho quando vejo o que construo. Eu olho para o meu trabalho e vejo o quão foda ele é imageticamente. Isso é algo que dá muito trampo de fazer e eu ralei muito para chegar onde estou agora. E eu faço isso sempre mantendo um padrão de qualidade e potência. Ver o que eu construo sem dinheiro, apoio familiar e outras estruturas de fora me dá muito orgulho.

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