“Um álbum conceitual sobre a deusa antropomórfica da mudança climática” – Grimes parece ter reunido algumas de suas características que mais curtimos também para além de seu som na hora de criar seu próximo disco. Em suma, parece ser a obra daquelas que os fãs da artista canadense esperam desde que Art Angels saiu em 2015.
Mesmo sem uma data de lançamento revelada, Claire Boucher fez o anúncio de Miss_AnthropOcene ontem (19) à noite através do Instagram, explicando cada componente do título, que faz um jogo entre “misantropo” (“uma pessoa que desgosta da humanidade e evita a sociedade”, como ela mesma disse) e “Antropoceno” (“uma época que data do início do impacto da presença humana na geologia e ecossistemas terrestres, incluindo, mas não apenas, mudanças climáticas”).
Respondendo aos comentários na publicação, ela disse que é uma maneira de nos divertirmos enquanto ainda podemos habitar no planeta (“que a gente desfrute desse fim”). Ela contou também um pouco mais sobre a narrativa proposta, com cada música sendo um personagem da extinção humana, seguindo o exemplo da já lançada We Appreciate Power (que estará no disco, ao contrário da recém-lançada Pretty Dark. Ela disse ainda que poderá lançar um EP com uma pegada mais synths como de costume, diferente do novo disco, que vai mais para o lado do Nu-Metal.
Começa a fazer mais sentido também algumas das ilustrações que ela vem publicado no Instagram (embora ninguém questionasse o propósito delas estarem ali), incluindo uma ideia de capa para Miss_AnthropOcene descartada pela artista. É tudo sci-fi e fantasioso, conceitual e pop ao mesmo tempo, é Grimes sendo Grimes (que bom).