Potyguara Bardo, Steve Hauschildt, Teebs e mais…

Ironia queer, experimentos com glitch, pop argentino e impermanências eletrônicas no Monkeyloop desta semana

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Potyguara Bardo – Simulacre

Misturando diferentes ritmos (cabem na sonoridade de Potyguara Bardo Reggae, Pop, Brega e muito mais), a artista norte-riograndense usa a sua persona drag queen para atravessar temas que vão de um existencialismo incorrigível a amores não correspondidos. É uma narrativa queer, nordestina e bem-humorada que usa a ironia para atacar, defender e, no limite, abrir seu coração. (Pedro João)

Chita – Encanto

Chita é o alter ego adotado pela jovem argentina Francisca Gil, que com seus pouco mais de 23 anos, trocou, nos últimos quatro anos, Buenos Aires por Londres. Da Terra da Rainha, a cantora trouxe na bagagem inspirações como Amy Winehouse, Dua Lipa e Jorja Smith. Isso explica seu som bastante inspirado no R&B e Hip-Hop, trazendo aqui e ali sonoridades próximas ao Trap e Soul. Apesar da proximidade às tendências britânicas, todas as letras são cantadas em espanhol, o que traz um novo tempero a essas sonoridades bastante exploradas ao longo dos últimos anos. O single “Nada Mais Que Hablar” é um dos grandes destaques do registro e o fecha muito bem, sendo uma das músicas mais interessantes já produzidas na curta carreira de Francisca. (Nik Silva)

Steve Hauschildt – Nonlin

Experimentos, ruídos e arranjos livres marcam mais um trabalho solo do artista britânico. Além da Chicago onde hoje mora, Steve realizou gravações em diversas outras cidades, como Bruxelas e Tiblissi, o que gerou um trabalho plural por natureza. Entre ambientações eletrônicas de ficção-científica e paisagens cheias de glitches, Nonlin promove qualquer mera audição à categoria de “experiência”. (André Felipe de Medeiros)

Teebs – Anicca

Anicca significa impermanência, adjetivo que diz respeito à constante mutação de todas as coisas que compõem o universo. Compreender a impermanência é de extrema importância para se aprofundar no budismo assim como para mergulhar no registro de Mtendere Mandowa. O álbum começa com “Atoms Song” com um loop de teclado, girando e girando. Sintetizadores desaparecem e reaparecem e, quando você se deu conta, sete minutos e meio se passaram. As músicas de Anicca fluem em um movimento constante, como se formassem uma meditação. A escolha dos colaboradores ajudam a manter essa terapia em movimento: Anna Wise, Panda Bear, Pink Siifu, Ringgo Ancheta, Thomas Stankiewicz e outros. Tire um tempinho no seu dia e ouça! (Ana Laura Pádua)

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