Ainda estamos somente na segunda semana de 2013 e este já tem sido um ótimo ano para inglês Jacob Banks, que, mesmo trabalhando há pouco tempo como músico, já conseguiu atingir maturidade suficiente para criar um ótimo trabalho, que consegue permear e transitar entre diferentes públicos sem maiores problemas.
Alinhando Soul, R&B, Funk e um toquezinho de Hip Hop, o músico tem um som incrivelmente bem trabalhado e abrangente que parece ganhar ainda mais potência com seu vocal cheio de personalidade que faz frente a qualquer uma das lendas do Soul, como Marvin Gaye, Sam Cooke, Ray Charles ou Stevie Wonder. Dono de uma simplicidade sofisticada, Jacob consegue explorar diversos gêneros com facilidade ímpar e, mais que isso, cativa o ouvinte, seja em uma baladinha levada ao piano ou violão, ou em músicas mais experimentais e bem arquitetadas.
Kids on The Corner
A história de Jacob com a música começa ainda em 2011, quando participou de um concurso em que o ganhador gravaria ao lado do rapper inglês Plan B. Com uma composição, segundo ele, escrita em menos de 20 minutos, o jovem músico ganhou o concurso e, durante as gravações, aprendeu tudo o que pôde com seu novo tutor. Dessa união, surgiu seu primeiro EP, The Prologue, que trazia uma instrumentação rica já com toques de Soul clássico e R&B, ao contrário de suas primeiras composições, nas quais Banks era acompanhado somente por seu violão.
Coward
No começo de 2012, o músico, além de prosseguir com a divulgação de seu primeiro EP, começou a gravação de outro, The Monologue, que seria lançado na segunda semana deste ano. No meio desse trajeto, Jacob divulgou algumas das faixas presentes no trabalho, todas sempre muito bem recebidas pelo seu público crescente. Faixas como Worthy, Something Beautiful e Rainy Day, presentes nesta segunda obra, contribuíram para que o músico ficasse conhecido não somente em sua terra-natal.
O recém-lançado The Monologue tem conquistado ainda mais fãs pela Internet afora e isso em pouquíssimo tempo após seu lançamento. Este EP parece aglomerar um misto de diversas influências do músico e, mesmo que cada faixa siga propostas e caminhos diferentes, há uma conexão entre elas e isso é o que mantém a coesão da mais nova obra.
The Monologue EP
O pouco tempo como músico “de verdade” e o fato de ser autodidata nos instrumentos que toca só reforçam o talento natural do jovem (de apenas 21 anos) para a música. E quem sabe um dia o veremos no Hall da Fama do Soul, ao lado de artistas no qual ele mesmo se inspira?
