Nobat é um nome frequente em Belo Horizonte e para além de suas fronteiras, por territórios da Web, como um dos agitadores da cena na cidade (ele é um dos idealizadores do site e produtora cultural Retalho Cult). Na hora de fazer sua música, não tinha como ela não vir como síntese do que acontece hoje em dia naquilo que convenhou-se ser chamado de “cena”.
Isso tem a ver com o clima meio sintetizado, meio orgânico que suas composições mostram. No palco, os músicos que acompanham o cantor e compositor alternam entre alguns timbres que dão uma nova cara ao Indie Rock que ele trabalhou em seu primeiro álbum, Disco Arranhado (2012), uma ambientação que marca seu novo trabalho, O Novato, que sai no próximo 6 de novembro.
A nova fase tem a mão de Daniel Nunes, da banda (também mineira) Constantina, o que por si só já apresentaria novos ares ao som do artista. Ainda há a participação de gente como Helio Flanders e Tatá Aeroplano, prova definitiva do quanto Nobat tem um radar que compreende muito mais do que a Savassi, a Pampulha ou qualquer outra região belorizontina à sua escolha.
Nobat – O Novato
O que parece não mudar é o tom arrastado-melancólico das composições. É uma aura obscura, noturna e introspectiva que rondam suas músicas, embebidas na contemporaneidade e na estética da descoberta e da contramão.
Após tanto contato com tanta produção contemporânea, não poderia ser muito diferente mesmo.