Atender pela nomenclatura de Noname Gypsy não é pra qualquer um. De certa forma, parece uma maneira de manter-se invisível e inerte a qualquer comparativo, no entanto acaba mesmo assim sendo uma forma inovadora de chamar a atenção pela curiosidade. Essa é a alcunha de Fatimah Warner ao mostrar seu lado musical quando está em palco e até mesmo perante parte de seus amigos.
Noname ainda é uma rapper iniciante mas com características notórias o suficiente para sustentar um base de fãs a longo prazo, visto que a linhagem de seu flow é muito fácil de se digerir e assimilar. Original de Chicago, a jovem faz o caminho inverso a de um grande número de rappers de hoje em dia, que apoiam-se em sonoridades mais densas e que atiram da maneira mais gritante possível ao público sua atitude e seus versos. Enquanto os demais apostam corrida, Gypsy passeia de bicicleta em seu próprio ritmo mais desacelerado e que desenvolve um eterno romance com o R&B e o Soul, ao passo de projetos como The Internet e Lauryn Hill.
Canções soltas pelo YouTube e atribuídas a Fatimah, como Paradise e Mary Jane Love, retratam de maneira adocicada nos timbres e ácida nas letras sobre sua infância, que aparentemente teve respaldo na mãe e é um tanto focada no desleixo de seu pai enquanto suposto líder da família. Comentar sobre sua constante mania de sonhar acordada no que se trata de amor e também no uso tópico de drogas alucinógenas parece ser uma necessidade para ela.