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Esqueça tudo o que sabe sobre Caroline Polachek (metade do Chairlift) e mergulhe de cabeça em seu novo projeto, Ramona Lisa. Sem Patrick Wimberly, a moça se encontra mais livre para explorar novos terrenos, novas ambientações e mesmos os limites de sua voz e de sua música.
Mais uma vez, há muito do Synthpop e Dream Pop em suas faixas, porém levadas a um lugar completamente diferente. Arcadia, seu primeiro disco solo, brinca com os estilos em questão com uma proposta mais soturna e solitária. Segundo a moça disse em uma entrevista ao site Pitchfork, o álbum “é um documento sobre estar sozinho”. Algo que você logo de cara vai perceber ao ouvir a faixa-título do álbum.
Apesar do projeto ganhar forma só agora, Caroline já cria sob este pseudônimo desde 2005 e sobre isso ela comenta que a escolha de um “novo nome” é “mais uma forma de reencenar sonhos de diversas maneiras e achar novas conexões do que uma dupla personalidade”.
Algo bem viajado e de certa forma transcendental, que segundo ela supera a vida mundana e chatice de seu próprio dia-a-dia. A cantora ainda conta que não gosta de demonstrar suas emoções, só o faz dessa forma, quase abstrata, e o que seu novo projeto a possibilita fazer.
Se a temática sofre dessas abstrações, os arranjos também. Feitos quase que à base de voz e sintetizadores, eles ainda assim conseguem manter grande senso de organicidade, algo que geralmente não anda de mãos dadas com gêneros como o Synthpop ou mesmo com os instrumentos que denotam o oposto de soar orgânico.
O resultado é uma música ambiciosa, feita por alguém que se lança em uma nova aventura, mas sabe o que faz. Sua música bebe também do Art-Pop e da música experimental e deve agradar fãs de Julia Holter ou mesmo de Ryuichi Sakamoto. Comparações que deixam nas mãos de Polachek uma grande responsabilidade.
Idiossincrático de desafiador, Arcadia é previsto para 14 de abril, pela Terrible Records, e promete apresentar uma “nova” Caroline Polachek aos fãs do Chairlift.
