Ouça: Staring at Lakes

Da Irlanda para o mundo, banda faz som orgânico, carismático e sensível

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Fotos: Letícia Cordeiro

Essa é pra quem precisava de mais uma banda para completar alguma playlist com The xx e Daughter: Staring at Lakes encanta facilmente qualquer um com seu som orgânico, carismático e sempre muito sensível.

Seguindo o melhor do legado irlandês, o grupo de Dublin (que tem o brasileiro Tom Retamiro na bateria) sabe construir seus arranjos e melodias investindo nos melhores timbres e em uma sensação quase de sonho na maior parte das faixas. Uma fórmula que não tem como não conquistar o ouvinte.

Staring at Lakes – Consanguinea

Consanguinea saiu há meio ano e deixou muita gente (eu incluso) boquiaberto com tamanha beleza. É uma faixa que cresce naturalmente a partir do sussurro da guitarra e do vocal, vai ganhando forma e volume com os outros instrumentos. Do tipo que logo te faz cair a ficha que o repeat será automático.

Em setembro, veio Cope, a segunda amostra do primeiro álbum do grupo. Essa composição segue o mesmo espírito da anterior, mas com uma presença e uma energia mais presentes, menos discretas. Sua introdução crescente mostra que essa é uma faixa que pode explodir a qualquer momento. O que ela faz, no entanto, é deixar o impacto para o reflexo que se faz internamente e quem para o que está fazendo pra ouvi-la.

Staring at Lakes – Cope

Recentemente, saiu Warm Wars, o tal do primeiro álbum, que prolonga a musicalidade vista nessas duas músicas em violões que lembram Grizzly Bear aqui, uma energia mais Dry the River ou mesmo Vanguart ali. Os mais imediatistas podem se conformar com os títulos de Folk e Indie, mas o universo que o disco habita parece localizar-se em uma esfera menos óbvia e mais sentimental, o que só acrescenta ao seu espírito livre, herança de uma influência Post-Rock (estilo que engloba frequentemente essas características), que a maior parte das bandas interessantes contemporâneas possui.

Por tratar-se de um projeto recente, ainda não há muito na Web sobre Staring at Lakes, o que pode mudar em breve, visto o potencial que o grupo exibe. Ouça de olhos fechados e coração sorridente.

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MARCADORES: Ouça

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.