Ouça: Stealing Sheep

Belas harmonias vocais e uma percussão marcante são os ingredientes principais do misto entre o Folk e a Psicodelia que esse trio inglês faz

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O trio inglês Stealing Sheep já foi preguiçosamente comparado com algumas outras bandas de meninas no começo de sua carreira. Nessa época, muito se dizia que ele tinha características do Warpaint ou, até mesmo, que é uma versão inglesa dela. De fato, pode até haver semelhanças, como criar belas harmonias vocais e tentar convergir diversos gêneros em seus trabalhos, mas elas param por aí. A sonoridade do grupo inglês explora ritmos mais naturais e orgânicos, em que mistura melodias simples e belas harmonias, com uma forte presença da parte rítmica, o que se diferencia muito daquelas garotas estadunidenses.

O som das moças poderia ser descrito como o encontro entre o Freak Folk, de bandas como Local Natives ou Freelance Whales (que apostam na percussão como um grande atrativo de seu som), e uma vertente mais acessível da Psicodelia, como Pink Floyd ou The Doors. Como resultado final, a música do trio atinge um resultado que poucos artistas conseguem criar: uma obra atemporal. Ao ouvi-las sem nenhum contexto, você pode tanto imaginar que ela foi feita há 40 anos ou que ela acabou de ser lançada.

Desde o final de 2010, o trio já vinha produzindo alguns singles, mas foi só com seu segundo EP, I Am The Rain, lançado no ano seguinte, que conseguiu despontar. A música que dá nome ao pequeno disco foi o grande single deste primeiro trabalho e também uma bela carta de apresentação pra quem estava conhecendo a banda. Ela sintetiza muito bem a vibe do grupo, tendo a percussão forte e mostrando o belo encontro de vozes das moças.

Em maio deste ano, como preparação para seu primeiro disco, Into The Diamond Sun, o trio lançou o primeiro single deste trabalho. Shut Eye tem uma aura quase lúdica, com sua letra que mais parece um trava línguas e as palmas no meio da música, e parece brincar também com os arranjos, inserindo alguns metais.

Genevieve, segundo single do disco, segue um caminho um pouco diferente, apresentando uma versão mais Pop e up beat que as músicas que foram apresentadas até então. E, ao ouvir Into The Diamond Sun, você pode perceber uma variação bem grande em humores e estilos, assim como a presença maior da guitarra e sintetizador. A coleção de canções escolhidas para seu debut parece transportar músicas experimentais para um contexto Pop em faixas que (geralmente) não duram mais que três minutos.

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Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts