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É curioso ouvir uma banda que soa tão diferente aos ouvidos que você não sabe dizer exatamente do que gostou. O cérebro fica brincando de pinball entre gêneros, tentando encontrar uma âncora que ajude a identificar o som e a partir disso entendê-lo melhor.
Trombone De Frutas tem muita coisa em sua receita, mas não o “de tudo um pouco” que pouco ajuda na hora de buscar uma racionalização fácil de sua música. Passeia por estilos como MPB (será?), Bossa (talvez?), Jazz (aqui e ali?), mas me peguei duvidando sobre a importância disso enquanto quebrava a cabeça.
Umbrais
O grupo curitibano faz um baita som, e é isso. A impressão foi similar quando ouvi Baleia pela primeira vez, quando encontrei a mesma dificuldade de entender o que me ofereciam, mas sem dúvida alguma de ouvir um produto fora do lugar comum.
Se a música possui o poder inegável de invocar imagens, a desses caras traz uma variedade cromática nada previsível, como as cores das frutas na capa do álbum Chanti, Charango?.
Brastempp
A capa do disco, aliás, me fisgou e fiquei por duas faixas tentando entender aquelas cores estranhamente misturadas, mas que agrada o olho. Uma imagem estranha, mas agradável, um som diferente, mas com personalidade forte, um nome engraçado – e difícil de esquecer. Gosto de fruta fresca, experimenta aí.
