Resenhas

Amy Winehouse – Lioness: Hidden Treasures

Novas versões para hits, parcerias e até uma cover de “Garota de Ipanema” marcam o primeiro disco póstumo da diva, compilado pelos produtores Mark Ronson e Salaam Remi, duas pessoas em quem a cantora confiava

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Ano: 2011
Selo: Island
# Faixas: 12
Estilos: Pop, Soul, R&B
Duração: 45:15
Nota: 3.5
Produção: Mark Ronson, Slaam Remi, Paul O'Duffy e Phil Ramone

O baú de Amy Winehouse foi aberto e de lá sairam as doze faixas que compõe Lioness: Hidden Treasures, um disco póstumo com cara de coletânea que mistura novidades, raridades e covers que ela fez para sucessos de outros artistas, tudo compilado pelos produtores Mark Ronson e Salaam Remi.

O álbum, que poderia facilmente ter sido lançado como uma compilação de “lados B” enquanto Amy ainda vivia, parece ter como temática a celebração ao potencial interpretativo da cantora, a “leoa” do título. Essa força está presente tanto na divertida versão alternativa de Valerie, quanto no dueto Body and Soul, com Tony Bennet, dois belos exemplos de sua versatilidade na interpretação.

Desde sua abertura com Our Day Will Come (lançada como single), o disco traz canções que estão bem produzidas, porém preservam um ar de bootleg, com um certo fetiche de estarmos ouvindo algo raro, encontrado após o falecimento da artista. – ideia reforçada pela presença das versões originais de Tears Dry On Their Own (aqui, ainda chamada apenas Tears Dry) e Wake Up Alone, ambas de Back to Black (2006), e das inéditas Between the Cheats e Like Smoke, essa última com participação do rapper Nas.

É interessante como Ronson e Remi, que eram também amigos de Amy, colocam o holofote sobre ela em cada uma das faixas, que juntas prestam homenagem à voz e ao talento da cantora, ao invés de terem um tema ou conceito em comum. Pelo contrário, é a única justificativa. Seu maior tesouro é a própria artista já conhecida pelo público, a mesma Amy emocional e sincera de sempre.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.