Resenhas

Arthur Beatrice – Carter EP

Quarteto londrina compila seus melhores singles em um pequeno e ótimo EP, que vem como preparativo para um futuro disco

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Ano: 2013
Selo: Polydor/Outsider
# Faixas: 4
Estilos: Indie Pop, Indie
Duração: 16:14
Nota: 3.5

Desde o começo de 2012, o quarteto londrino Arthur Beatrice já vinha conquistando seu espaço na cena local e lançando algumas boas faixas esporádicas. Chamando a atenção já com seus primeiros singles, o grupo foi amplamente comparado, na época, com bandas como Wild Beasts, The xx e até mesmo Warpaint. Quase um ano e meio depois a banda entrega seu primeiro EP, formado com algumas destas faixas apresentadas nesse período e também o remix de uma delas.

Carter EP chega ao ouvinte mostrando as melhores qualidades do grupo: o encantador duo de vocais entre Ella Girardot e Orlando Leopard, a mistura orgânica entre instrumentação real e elementos eletrônicos e as melodias fáceis e encantadoras que o quarteto consegue produzir. E além do papel de agrupar singles, este EP prepara o terreno para o lançamento de um disco que a banda já está produzindo e que por mais que não tenha nenhuma data confirmada, segundo os próprios membros, pode sair ainda no final de 2013.

Butcher’s Hook dá a primeira impressão aos ouvintes de primeira viagem de uma sequência do que Wild Beasts fez em seus primeiros registros, porém acelerando o ritmo e ganhando maior força no vocal (ao invés dos murmúrios e falsete de Hayden Thorpe). A presença do piano e de um baixo simples e robusto faz desta faixa o ambiente perfeito para voz de Ella se mostrar. Em seguida a faixa-título mostra outros caminhos pelos quais essa mistura pode caminhar. Mais uma vez com uma bateria quase mecanizada, a faixa segue para um ambiente mais dançante, mais uma vez com uma bela condução do piano e desta vez se apegando às texturas eletrônicas.

Vandals, mais um antigo single, mostra de onde surgiram as comparações com The xx. Talvez pelo duo de vocais (homem/mulher), pelo tom sexy e sussurrado que Ella e Orlando conseguem criar na faixa ou ainda pelo reduzido número de elementos, ou pelo menos o uso mais econômico deles, faz da faixa algo que realmente se aproxime do tom minimalismo do trio inglês, porém a vibe “Wild Beasts” continua ainda presente. Fechando o curto EP, Maths Time Joy remixa a faixa que o nomeia e integra alguns recortes e mini-samples que deixam a música fiel ao original, mas diferente o suficiente para se destacar. Ainda que bem curto e sem nenhuma real novidade, este é um ótimo registro e um bom aquecimento para o que está por vir.

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BOM PARA QUEM OUVE: London Grammar, The xx, Wild Beasts
MARCADORES: Indie, Indie Pop

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts