Resenhas

Au Revoir Simone – Move In Spectrums

Dando uma nova roupagem para seu som, as três garotas apostam em elementos mais pesados, mas ainda mantendo o toque etéreo dos outros álbuns

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Ano: 2013
Selo: Instant Records
# Faixas: 11
Estilos: Electro-Pop, Synthpop, Dream Pop
Duração: 46:16
Nota: 3.0
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fmove-in-spectrums%2F

O trio encantador de garotas está de volta com mais um álbum. Porém, desse vez, Au Revoir Simone deixa um pouco de lado suas melodias mais animadas vistas nos discos anteriores, e apostam numa sonoridade mais densa e com doses bem introspectivas, porém mantendo a qualidade e beleza dos trabalhos anteriores.

Nem sempre a capa e o título de um álbum passam a ideia da obra, mas no caso de Move In Spectrums isso pode ser facilmente adotado como verdade, ao que tal soa como se Erika, Annie e Heather passeassem com seus vestido floridos por entre espectros escuros, o que resulta numa obscuridade pop. Tal características cabem com exemplificação a faixa de abertura, More Than, ou a densa e pesada – caindo bem para os lados do Electro-Pop oitentista mais original – We Both Know. Porém, o uso intenso dos teclados, instrumentos de forte domínio das três garotas, acaba perdendo um pouco de espaço, dando um pedaço do salão para as baterias eletrônicas, que soam desde batidas de Synthpop, sendo mais suaves, como pode ser observado em Gravitron, ou de maneira intensa na já citada – e ótima – We Both Know

Entretanto, como dito, a banda ainda traz o lado mais Pop tão característico, e tais doses podem ser observadas principalmente pelos vocais de Crazy – uma das mais parecidas com os trabalhadores anteriores -, Somebody Who – que por sinal lembra um pouco das percussões da conterrânea de Nova York, Friends – e com belos vocais etéreos de Oiling Point, fazendo jus ao título do álbum dando nuances transcendentes à canção.

Assim sendo, Move In Spectrums reforça os pequenos detalhes onde as garotas se debruçavam em uma composição mais carregada nas obras anteriores e agora assume essa roupagem para um disco inteiro. Uma experimentação bonita e que dá um toque a mais na já elegante e sutil discografia do trio.

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BOM PARA QUEM OUVE: Haim, Friends, Lower Dens

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).