Resenhas

Clap Your Hands Say Yeah – Only Run

Agora duo, banda aprece mais madura e fria em suas novas canções

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Ano: 2014
Selo: CYHSY Inc./Xtra Mile Recordings
# Faixas: 10
Estilos: Indie Rock, Synthpop, New Wave
Duração: 39:55
Nota: 3.5
Produção: Dave Fridmann

A voz inconfundível de Alec continua ali presente, porém agora só acompanhada de Sean. O que era um quinteto, agora se tornou um duo devido a saída de três membros em 2012. E é assim e com outras mudanças que Clap Your Hands Say Yeah se apresenta em seu quarto álbum de estúdio: Only Run.

Algumas metamorfoses foram surgindo ao londo da careira dos novaioquinos. Desde a estreia com um pé no Experimental passando por sua fase mais dançante em Some Lou Thunder – e principalmente – e em Hysterical, a banda parece ter mergulhado em uma sobriedade para o novo trabalho. Se logo de cara vemos uma capa gélida, sem elementos extrovertidos como víamos no primeiro e último disco, CYHSY parece ter se encontrado em uma nova fase.

O duo deixa o lado “festivo” e animado – por assim dizer – que possuia para um quê de melancolia, que vem até com um convidado que sabe muito bem como gerir esse sentimento. Trata-se de Matt Berninger da banda The National, que empresta sua voz na faixa Coming Down, a qual começa com um baixo ruídoso e intimidador. O clima quase que frio e levemente desolador se completa com um toque In Rainbows que Blameless e Beyond Illusion e suas percussões e eteridade trazem a nossos ouvidos. Além disso, apesar de ainda ter algumas presenças de sintetizadores, como em Little Moments, a banda mesmo assim é mais contida, e dá mais vezes para melodias encorpadas como o baixo digno de Post-Punk oitentista de ótima faixa tema do álbum.

Perdas acontecem. Novos ares e identidades podem ser uma saída. E parece que foi por esse caminho que Alec e Sean optaram. E o resultado é muito satisfatório. A banda amadureceu. Nos parece ser alguém que olha para baixo triste mas que por dentro está olhando pra cima e aós uma boa expirada caminha em frente. Um ótimo disco para começar uma nova cara para a banda, mas que pode muito bem sofrer outra metamorfose como já ouvimos.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).