De Caen, uma pequena cidade ao norte da França, vem quatros rapazes e uma garota que formam o Concrete Knives. O grupo estreia com o disco Be Your Own King, trazendo seu som Pop misturado a vários outro elementos, como sintetizadores típicos de anos 80, fortes linhas de baixo e percussão. O resultado é uma musicalidade que oscila entre o Pop e o Rock entre as faixas do álbum.
Logo de início, vemos riffs encorpados em Bornholmer, a primeira faixa do disco, que mais adiante se junta a sintetizadores bem característicos do Rock dos anos 80, e um vocal que, mesmo cantado conjuntamente, se apresenta mais cru. Mais adiante, o solo com guitarras mais agudas e ríspidas encerram uma das faixas mais sólidas de todo o álbum. A seguir, vemos o lado Pop da banda com, por exemplo, Happy Mondays e Brand New Start, fazendo jus ao Indie Pop/Indie Rock francês que todos sabemos a fórmula e conhecemos bem.
A parte final do disco, composta pelas faixas Greyhound Racing, Wild Gun Man e Truth, se mostra mais imponente, com vocais fortemente entoados e com mais groove instrumental, baterias bem marcantes próxima ao Funk tradicional e linhas de baixo bem carregadas, como na última citada. Pode-se dizer que esse estilo adotado para o fim do álbum é o ponto forte do Concrete Knives e o qual deveria ser levado adiante para seus futuros trabalhos. O disco encerra com a arrastada Blessed, com bons riffs de guitarra, que, secos e com fuzz, nos remetem um pouco ao Dream Pop e nos lembra dessa mistura que a banda traz em seu som.
Um pouco perdido, mas com qualidade se bem orientados, o Concrete Knives estreia ainda sem saber muito bem para que lado caminhar. Dentre os diferentes sons encontrados em Be Your Own King, se observa que quando o quinteto assume uma frente mais encorpada e densa é aí que se tem a melhor qualidade da banda. É totalmente comum que bandas que estejam iniciando sua carreira ainda coloquem de tudo um pouco no seus primeiro, ou primeiros, trabalhos. E isso é compreensível e nem um pouco julgado. Vale agora parar e ver o que eles buscam assumir como identidade para seus futuros sons.