Após cinco anos, o projeto paralelo de Luke Steele e Nick Littlemore, retorna com seu mais novo material. Trata-se de Ice on the Dune, segundo álbum de estúdio do Empire of the Sun. Mantendo a proposta de um eletrônico fantasioso, justificando as edumentárias de Luke no palco e nas peças de divulgação da banda, as canções surgem em clima aventureiro.
Bem linear, e com boas conexões entre si, o que resulta em uma coesão e audição fácil e prazerosa, o disco mosta real foco dos dois membros, que conseguiram trazer unidade à obra, apresentando sinergia entre as faixas, assim não surgindo buracos que pudessem quebrar sua construção. Apesar de trazer alguns elementos mais radiofônicos e comerciais em algumas canções, como em DNA e Celebrate, temos também a presença de elementos de French House, notados em Old Favours, e de New Wave, como em Awakening – fãs de Comedown Machine irão aprovar, principalmente pelos falsetes- e um “Eletroindie” na faixa título.
Apesar dessas citações estilísticas, a obra não se perde de maneira alguma dentro dos rótulos, e consegue ser trabalhada somando os elementos lhe vê necessário e sempre com muito bom gosto. Bom exemplo, e que foi utilizado como divulgação do disco, é o single Alive que em seus pouco mais de 3 minutos apresenta ao ouvinte uma consistente base instrumental, vocais e backing vocals contagiantes e Pops, que o faz dedicar sua atenção para o que viria a seguir – o novo álbum – mantendo a “boa mão” e levando a mesma qualidade para as demais faixas.
Com duração muito bem dividida pelo, também bom, número de faixas – doze – Ice on the Dune agrada na medida certa: entretém, diverte, anima e sem cansar pelas costumeiras batidas eletrônicas longas e repetitivas que encontramos no trabalho de alguns artistas. De fácil audição, segundo álbum da dupla australiana conseguiu compor e produzir um disco que facilmente fará o público dançar nas pistas de dança e o ouvinte nos fones, dar play novamente quando a última faixa acabar.