Resenhas

Esperanza – Esperanza

Antigamente conhecido como Sabonetes, quarteto apresenta som mais maduro, grandioso e romântico em seu segundo álbum

Loading

Ano: 2013
Selo: Conteúdo Musical/Agente Digital
# Faixas: 12
Estilos: Indie Rock, Pop Rock
Duração: 42:10
Nota: 3.5
Produção: Kassin
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fesperanza%2Fid668256

“Meu amor, olha só, eu não deixo de sonhar”, canta Artur Ronan antes de um solinho surpresa de guitarra em Esperanza, ou de um acompanhamento inesperado de sopros ou qualquer outro elemento não planejado que encontramos no primeiro álbum da segunda fase de uma banda que já conhecemos bem, um trabalho que exala otimismo e coração.

E nenhum espanto foi maior do que se dar conta que Sabonetes agora atende sob o nome Esperanza, novidade revelada junto ao lançamento. Porém, os mais ortodoxos não precisam se preocupar e aqueles que curtem novidades tem algo a mais para procurar por aqui.

Falando grosseiramente, Sabonetes era mais divertido e Esperanza é mais bonito. Mas este não é um trabalho que mereça grosserias, então sinto que preciso explicar melhor.

Da primeira à última faixa, dá pra sentir um cuidado especial, um certo carinho, que as músicas do disco tem. Não que as do anterior não fossem caprichadas, mas existe cá uma alma mais trabalhada. É uma questão sentimental mesmo, e nem me refiro apenas aos temas mais românticos que essas composições tem, mas elas passam a sensação de terem sido feitas com o coração na mão.

Se a proposta é explicar, preciso dizer que aquele Indie Rock de Sabonetes (2010) aparece aqui mais crescido mesmo, pós-juvenil. E se o amadurecimento faz perder medos e vergonhas, o som da banda aparece romântico, emotivo e mais ambicioso. Não do tipo que se arrisca cegamente, mas sábio pra saber ir até onde dá pé – e a boa notícia é que ele vai bem longe.

Tem músicas mais dançantes, outras mais “fofas” e aquelas que você vai precisar ouvir sozinho pra apreciar, se identificar etc. Na real, a maior parte delas é muita coisa ao mesmo tempo. Elas tem variações (principalmente Sem Porquê, primeiro single e uma das faixas mais impressionantes do álbum), muitos timbres e aquelas várias surpresinhas que citei, tudo comandado pelo mestre Kassin.

E eles gravaram tudo ao vivo, o que nos dá a garantia de um bom som também nos shows, mas também dá uma cumplicidade maior entre o álbum e o ouvinte. O som é acalorado e imersivo, sempre cheio de muito carisma. E o melhor de tudo, sem grandes pretensões aparentes – o que é interessante notar, já que ficamos com a sensação de que é apenas o segundo capítulo de uma história da qual ainda há muito para ser contado.

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: Ludov, Los Hermanos, Nevilton
MARCADORES: Indie Rock, Ouça, Pop Rock

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.