Resenhas

Far From Alaska – modeHuman

Quinteto traz novas faixas no mesmo modelo que em seu compacto de estreia, mas peca por manter um só formato

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Ano: 2014
Selo: DeckDisc
# Faixas: 15
Estilos: Rock Alternativo, Garage Rock
Duração: 1:01:01
Nota: 2.5
Produção: Pedro Garcia

Far From Alaska, um nome que abruptamente surgiu a nossos olhos pela mídia há dois anos atrás. Repentinamente, a banda nos foi apresentada e logo já estava tocando no palco do festival Planeta Terra de 2012, em São Paulo, após ganhar um concurso. Na época, com apenas Stereochrome, um EP de quatro faixas, a banda potiguar dava um aperitivo do seu som sujo e potente.

Agora, dois anos após esse primeiro contato com mídia e povo de massa, o quiteto de Natal estreia seu primeiro disco de longa duração. modeHuman traz as já conhecidas faixas que compunham o compacto na companhia de mais onze inéditas. Entretanto, se antes repetíamos o aperitivo, agora não terminamos o prato.

Apesar de manter a qualidade do que nos foi apresentado em seu EP, com canções sujas e intensas, lembrando algo como The Kills, o disco se arrastar com canções com formatos muito semelhantes entre si e que acabam cansando pela sua longa duração de uma hora.

Nem tanto ao céu nem tanto ao mar, nem com apenas 19 minutos de Stereochrome e nem com 1 hora de modeHuman. Seria assim uma maneira de equilibrarmos o bom som da banda que apresenta qualidade como nas ótimas Thievery, Dino vs. Dino e Mama, mas que peca numa repetição de modelos e arranjos.

O caminho, como podemos notar desde a sua apresentação para o grande público, está sendo muito bem tomado, mas o que aparenta é um ímpeto que acaba sendo jogado em uma forma único e quebrada em quinze pedaços que formam as faixas. Quem sabe um segundo álbum, talvez mais enxuto ou com aventuras por outros modelos, arranjos e formas – mas mantendo essa cara sisuda e intimidadora que a banda muito bem sabe fazer – possa resultar num disco que nos faça apertar o play logo que acabar.

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Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).