Resenhas

INKY – Primal Swag

Mergulhado em sintetizadores, primeiro álbum da banda paulistana vai te querer vê-la ao vivo

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Ano: 2014
# Faixas: 10
Duração: 47:49
Nota: 3.0
Produção: Rodrigo Coelho
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fprimal-swag%2Fid869439942%3Fuo%3D4%26partnerId%3D2003

Durante a divulgação do lançamento de Primal Swag, a banda INKY e sua assessoria de imprensa falaram muito sobre um resgate de algo do Rock das antigas, o que me dava um pequeno nó na mente, já que me fazia esperar algo meio Alabama Shakes, um dos últimos contextos em que ouvi algo assim. Porém, após ouvir o disco algumas vezes, entendi que o que volta à tona aqui é a urgência, a energia de subir no palco e fazer música sem frescuras. E isso vem aqui com uma aparência contemporânea sem ser forçada, ajudando no novo fôlego que o quarteto buscou atingir.

Seu primeiro álbum completo traz dez faixas que vem sob uma cara um pouco tensa, um tanto dark às vezes. Porém, ouvir Primal Swag não coloca essas sensações no ouvinte. Pelo contrário, é um trabalho que é de fácil assimilação e vai te fazer dançar mais do que te deixar tenso. É um som noturno, combina com balada, o que faz uma ponte interessante e natural entre o que foi gravado e como as músicas serão apresentadas ao vivo.

Dá pra sentir que a construção dessa ambientação foi muito importante para o grupo. É fácil se lembrar qual é a sensação de ouvir o registro tempos depois. Feito para se ouvir em volume alto, ele tem os instrumentos pontuados por momentos eletrônicos e amparados pelos vocais e as letras em inglês. Mais importante que qualquer um desses é o resultado total, como cad elemento dialoga dentro do mesmo discurso.

É tudo bem pensado e friamente calculado – o que pode incomodar alguns. A energia de tocar ao vivo do rock está ali, mas ela vem aquecida pelas luzes do palco, não de dentro pra fora. Fica muito mais a impressão de sons planejados do que de o lado mais orgânico do Rock aparecendo pra quebrar tudo. Não que isso atrapalhe a audição no geral, porém a aproximação deve ser feita mais com um corpo que quer entrar na vibe do que um coração que quer se identificar com as letras.

Baby, Reptile e a faixa-título são algumas das mais divertidas, enquanto Massive e Coincide, com seus momentos mais etéreos, contribuem para um equilíbrio interessante no disco. Acima de tudo, o álbum vai te deixar com vontade de ouvir essas músicas ao vivo, o que é sempre um bom sinal.

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BOM PARA QUEM OUVE: Audac, Wannabe Jalva
ARTISTA: Inky
MARCADORES: Indie Rock, Synthpop

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.