Que Jacob Banks é uma espécie de prodígio, ja sabemos. Com apenas 24 anos, o músico e compositor inglês já conta em seu currículo uma série de prêmios – MOBO e Adidas entre eles – e aparições importantes para sua carreira – na trilha o seriado americano Suits, por exemplo, além de ser o primeiro artista independente a aparecer no programa Live Lounge, da rádio britânica BBC 1.
Sendo destaque na nossa seção Ouça por conta de suas influências e da proficiência de sua voz, a despeito da idade, o músico angariou muitos fãs com o lançamento de seu segundo EP, intitulado The Monologue (que também não nos deixou menos impressionados).
Se The Monologue iluminava o início de uma promissora carreira, mesclando com sucesso seus traços de Funk, Soul, R&B e Hip-Hop e, é claro, apresentando a voz potente do músico – além de sua interpretação emotiva – como personagem principal, *The Paradox a consagra, continuando, sabiamente, por esse caminho, mas aponta levemente para uma novo flerte: o Pop.
Essa união, ao que tudo indica, tem de tudo para se transformar num matrimônio de sucesso. O que podemos observar é que se The Monologue continha um charme meio Lo-Fi, que reverenciava os aspectos mais clássicos da música Soul, The Paradox, por sua vez, é mais encorpado, e desprende-se de suas amarras com o passado para incorporar fórmulas Pop sem tanto receio.
O protagonismo da voz poderosa de Banks (comparável a seu contemporâneo Benjamin Clementine) e o Soul continuam sendo os carros-chefe de sua obra, embora o jovem pareça pronto para alçar vôos maiores e mais ambiciosos. Sua estreia (que de paradoxal, aliás, só tem o título) já consagrou um novo patamar para o músico, com sua sonoridade sólida e encorpada, embora muito quente e emotiva ao mesmo tempo.
