As experimentações que Luziluzia começou em EP 1/ 3 (concerto para caixas pequenas) ganharam sua continuidade mais de seis meses depois com este EP 2/3 (autofarra – trilha para uma festa boa).
Tendo agora o drum machine como o elemento que cola todas as cinco faixas, o disco passeia por climas variados no que é descrito como cinco festas diferentes – embora o conceito “festa” seja bastante subjetivo nesse caso, já que a melancolia é quem parece falar mais alto em todas.
As guitarras e o clima em geral (psicodélico, contemporâneo e com um quê de brasileiro) não deixa dúvidas de que estamos diante de uma banda híbrida entre Boogarins e Carne Doce (para quem não sabe, Luziluzia é composta de dois membros de cada uma delas), algo que notamos logo nos primeiros acordes da guitarra em caverninha, a música de abertura.
provador (sim, todas são em minúsculas) continua a despretensão aliada ao experimentalismo, que atinge seu ápice em love co n5, que constrói sua beleza em uma forma própria de harmonia e tempo dentro da estética Lo-fi que acompanha todo o disco e nos relembra seu propósito – o de registrar tais experimentações -, algo feito de forma convidativa, original e divertida, de forma que o público de qualquer uma das bandas sinta-se em casa, ainda que em um território diferente.