Resenhas

Madeon – Adventure

Com Bastille, Passion Pit e Foster the People, produtor francês constrói obra 100% Pop

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Ano: 2015
Selo: Columbia
# Faixas: 12
Estilos: French House, Pop Eletrônico, Dance
Duração: 41:12
Nota: 3.0
Produção: Hugo Pierre Leclercq

Um badalado produtor de música Eletrônica lança álbum cheio de colaborações. Esse cenário por si só não impressionaria ninguém, mas Adventure é a obra de estreia de Madeon, que traz nomes como Dan Smith (Bastille), Passion Pit e Mark Foster (Foster the People) – ou seja, não há nada muito básico nesse disco. Isso é, até você ouvi-lo de fato.

A versão regular traz doze faixas divertidas e leves que passeiam pela leitura Pop e Post-Dubstep que o francês Hugo Pierre Leclercq faz desde moleque (ele completa 21 anos agora em maio). O fator “entretenimento” de cada faixa varia entre o médio e o altíssimo, o que revela que, enquanto muitos produtores tentam impressionar com um álbum desses, Madeon queria conquistar o ouvinte dos pés (na pista) à cabeça (com um largo sorriso).

Sente-se falta, porém, de alguns elementos surpresa. A maneira como as faixas estão todas interligadas, como se fosse um grande set dele ao vivo, é legal, mas nada além do óbvio. As parcerias com as bandas, por mais bacanas que sejam, ficaram com cara de remix (até por parecerem carregar mais a identidade dos convidados do que a do produtor).

Quando você se contenta com a agressividade de Imperium, vem Zephyr com um dos momentos mais óbvios do disco, por exemplo. Pixel Empire é a faixa “conceitual” que Adventure precisava antes da derradeira Home, mas não necessariamente aguenta o tranco de um momento mais denso no meio de toda a brincadeira. Pelo contrário, dá até vontade que ela passe logo pra diversão continuar logo.

Por isso, vale a pena chegar até Adventure com menos ambição na audição, sabendo que estará diante de um disco que vem com cara de arrasa-quarteirões, mas está mais pra Sessão da Tarde. Pegue a pipoca (ou um drink levinho) e aproveite.

Em tempo: Opte pela versão regular, não a deluxe – a não ser que as doze faixas não sejam mesmo o suficiente pra você.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.