Resenhas

Mikal Cronin – MCIII

Músico firma seu compromisso de agradar público com faixas grandiosas e “EP” dentro do álbum

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Ano: 2015
Selo: Merge Records
# Faixas: 11
Estilos: Garage Rock, Indie Rock, Art Rock
Duração: 39'
Nota: 3.5
Produção: Mikal Cronin

Um ano após MCII, Mikal Cronin vem com o novo volume em sua discografia, MCIII. A ideia de continuidade vem também na música, que se mostra uma sequência natural a seus trabalhos anteriores, ainda que, às vezes, menos inspirado.

Não é dificil entender o tipo de música que Cronin faz: Sons grandiosos que elevam jovialmente o espírito do ouvinte, como se o artista não sossegasse enquanto não visse todo o público sorrir. São canções com clima nostálgico que caem bem em trilhas sonoras, incluindo de publicidade. Seu maior mérito é fazer com que isso (nem sempre) seja (muito) forçado.

A narrativa do álbum é bem pensada para isso. Somos introduzidos de uma só vez a quatro músicas com um nível de energia adolescentizado (o refrão “I feel like I’m dying” em Feel Like não me deixa mentir) que desembocam na balada I’ve Been Loved, para acalmar os ânimos. É aí que começa um novo ato na obra, com as próximas músicas numeradas de um a seis, como se o lado-B fosse um EP independente das primeiras faixas.

Elas vem um pouco mais sombrias, com uma atmosfera mais raivosa às vezes e o som menos expansivo em outras. A alma, porém, permanece a mesma e a tentativa de conquistar o ouvinte também continua, ainda que sob outra roupagem.

Cronin prova que seu maior talento é dialogar elementos Pop dentro de seus arranjos e composições para criar músicas sempre muito agradáveis, que podem ficar ainda mais atrativas ao vivo. Mais um capítulo válido nessa história.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.