O músico mineiro Thales Silva dá seu segundo passo com o projeto solo Minimalista no disco Banzo. Dono de um tom leve e bastante veranista, o álbum é um apanhado de referências brasileiras e sul-americanas numa embalagem tropical e de fácil audição.
Talvez essa leveza seja o que de melhor o disco tem a oferecer. Ele facilita ao ouvinte a assimilação das melodias e dos vários elementos do registro, oferecendo aos ouvidos novas manifestações de ritmos como Samba, Bossa Nova, Forró e Cumbia em uma roupagem que poderia facilmente ser chamada de Pós-MPB.
Através desta facilidade aos ouvidos, Thales consegue dar ainda mais poder a suas letras, que carregam em si uma carga bastante pessoal. Ele descreve a faixa de abertura, a ótima O Peso (com participação de Gui Amabis) como “Esse mormaço inebriante, essa moleza paralisante, ora prazerosa, ora desgastante”. Uma sensação que se irradia para várias das canções.
A partir daí o álbum toca em sentimentos como negação, paixão, amor, saudade de casa, divagações sobre o tempo e respeito, tudo isso trazido neste misto inebriante apontado pelo músico. Alguns destaques do registro são músicas como Grito Rouco (com Teago Oliveira, do grupo Maglore), Banzo e Fogo no Rabo, que apresentam o melhor encontro entre o lirismo de Thales e suas melodias que conquistam os ouvidos.
(Banzo em uma faixa: O Peso)