Muitas bandas começam apresentando ótimos singles que apontam a uma direção, mas, na hora de preparar um álbum, acabam fazendo algo completamente diferente. É o caso da Morning Parade, que começou com um amigável Indie dançante que pouco a pouco foi se tornando um som amigável dos rádios. Seu primeiro disco, homônimo, é exatamente isso, um apanhado de canções radiofônicas.
Essa foi uma grande aposta da gigante Parlophone (grande gravadora inglesa, a mesma que apostou nos Beatles), e os empresários não estão errados, já que a ideia das gravadoras é vender discos, e esse está recheado de hits feitos especialmente pras FMs. A pegada dançante ainda continua lá, mas bem tímida, mas já não vemos mais nada de alternativo.
Muito do que se vê nesse disco encontra-se em qualquer banda pop contemporânea, dos hits calminhos guiados por piano e violão às baladinhas conduzidas pelo sintetizador – uma grande repetição de tudo que você esta cansado de ouvir por ai.
Blue Winter é uma das únicas músicas que ainda guarda a energia que a banda tinha em 2010. Under The Stars parece pegar no tranco depois de uma abertura preguiçosa, mas nada diferente de qualquer coisa de indie pop que você tenha ouvido nos últimos tempos.
O restante do disco passa como se fosse uma única faixa. Se você ouvir uma delas é como se já tivesse ouvido tudo. Se um dia essa banda foi chamada de “indie” ou “alternativa”, já pode deixar de ser chamada assim.