Resenhas

Omar Rodriguez-López – Umbrella Mistress

Quinto lançamento do músico se prova o mais fácil até agora

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Ano: 2016
Selo: Ipecac
# Faixas: 10
Estilos: Rock Psicodélico, Rock Alternativo
Duração: 33'
Nota: 4.0
Produção: Omar Rodriguez-Lopez

Chegamos ao quinto disco da empreitada de doze lançamentos do prolífico Omar Rodriguez-López até o fim do ano. Já inspecionamos seu baú outras vezes e lá encontramos roupagens bem diferentes de sua música, o Pop/Rock Alternativo de Arañas En La Sombra, o Indie Pop Progressivo em Blind Worms, Pious Swine e até o experimentalismo Eletrônico em Sworn Virgins. Para Umbrella Mistress, temos uma abordagem completamente diferente de tudo o que o músico já fez – e olha que ele já esteve envolvido em projetos como The Mars Volta, At The Drive-In, Antemasque, Bosnian Rainbows, El Trio de Omar Rodriguez-López e El Nuevo Grupo de Omar Rodriguez-López, entre tantos outros.

Para este quinto lançamento, Omar parece entrar numa vibe Pop Rock que deixa mais brandos seus experimentalismos, mas não tira sua personalidade do projeto. O músico parece brincar (entre os anos de 2001 e 2012) com a Psicodelia que ficaria popular nos anos 2010, criada por nomes como of Montreal e Foxygen. No geral, este é em geral um disco bem-humorado, que abusa dos sintetizadores, mas também traz diversos timbres acústicos, uma contraposição que permeia todo o álbum, sendo mais evidente na faixa que dá seu nome.

Fugindo do escopo de suas últimas produções, seja solo ou em grupos como Antemasque ou Bosnian Rainbows, o disco guarda algumas semelhanças com o álbum homônimo de estreia de Anywhere, banda encabeçada por seu companheiro de TMV e ATDI, Cedric Bixler-Zavala. O Rock Psicodélico como norte ajuda essas comparações, assim como o uso de timbres acústicos e o tratamento não tão refinado assim na produção.

Tendo em mente o “mote” do disco, fica mais fácil entender onde o habitual experimentalismo do músico entra em cena – a brincadeira de recriar diversos estilos diferentes sob sua perspectiva. O prolífico músico se envereda por momentos bastante distintos em Umbrella Mistress, como na romântica Eastern Promises, algo próximo ao Piano Pop com Blood Count, a balada Folk Trough Wires e a balada Country Blue Pale Queen. Apesar de parecer caótico a uma primeira vista, o resultado é bastante coeso. Até mesmo o Indie Garage Pop de Winters Gone cabe bem no eclético disco sem perder o rumo.

Umbrella Mistress é até então o disco mais fácil de se relacionar ao grande público lançado por Omar Rodriguez-López em sua ambiciosa empreitada. Menos ousado que os anteriores, mas, ainda assim, bastante plural e cheio de personalidade, o registro captura momentos bastante interessantes da criação do músico. Que venham os próximos sete!

(Umbrella Mistress em uma faixa: Winters Gone)

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts