Resenhas

Omar Rodríguez-López – Zapopan

Músico chega ao décimo lançamento deste semestre

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Ano: 2016
Selo: Ipecac
# Faixas: 11
Estilos: Rock Experimental
Duração: 35:33
Nota: 2.5
Produção: Omar Rodríguez-López

O final do ano se aproxima, e com ele também a empreitada de Omar Rodríguez-López, que prometeu bater a marca de doze lançamentos quando próximo dezembro chegar. Zapopan é o décimo álbum desta cronologia, e é com ele também que o artista porto-riquenho bate a marca de trinta e seis álbuns lançados em sua carreira solo.

Caso você não esteja acompanhando esta trajetória épica, não se preocupe, você pode ler todas as nossas resenhas de cada etapa deste projeto aqui no Monkeybuzz. Recapitulemos: Rodríguez-López teve seu catálogo de álbuns lo-fi resgatado pelo selo Ipecac, para ser lançado em formato de box especial no final do ano. Até lá, teremos de duas em duas semanas um título novo vindo à tona.

Zapopan, assim como alguns outros títulos desta empreitada, na verdade é uma coletânea de outras faixas já lançadas, agora remixadas. Remixadas não no sentido, necessariamente, de que ganharam uma roupagem de música eletrônica com seus refrões recortados, e sim de que foram limpas e retrabalhadas para ouvidos menos empoeirados, apenas com um ou outro detalhe acrescentado às suas versões originais. Estas, agora, por mais malucas que sejam, soam límpidas e cristalinas.

Zapopan é feito de canções coletadas dos álbuns Unicorn Skeleton Mask (2013) e Saber, Querer, Osar y Callar (2012). Todas renomeadas, e algumas delas picotadas em duas ou três faixas. Sonoramente, parece ser a epítome do que é a música de ORL, ou seja, bastante experimental, imprevisível, e que aposta nos efeitos lisérgicos dos pedais de guitarra e sintetizadores para construir sua atmosfera. Curiosamente, mesmo vindas de dois álbuns distintos, as músicas de Zapopan funcionam muito bem em conjunto. E funcionam muito bem também dentro do que é este projeto, ou seja, um catálogo que revisita os momentos mais escondidos e curiosos dentro da trajetória do músico. Isto dito, fica a ressalva, que também serve para alguns de seus antecessores: dificilmente vai converter aqueles que já não são devotos da obra de ORL.

(Zapopan em uma música: Tentáculos de Fé)

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Autor:

é músico e escreve sobre arte