Direto e reto. É assim o som que ouvimos em El Truco, do power trio Os Vulcânicos. Totalmente Rock, a banda deixa de lado o Pop e cai de cabeça num som encorpado e cheio de força, mas sem deixar de lado a parte técnica e de harmonia tantos das guitarras surfistas quanto das de jaqueta de couro.
Neste seu segundo EP, a banda passa em apenas quatro faixas, que totalizam pouco mais de 13 minutos, a essência roqueira primitiva, utilizando-se de dois estilos que formaram o início do Rock ‘n’ Roll: o Rockabilly e o Surf Rock. Entretanto, soubem dar a força mais moderna com o Garage Rock.
Logo no nício de El Truco nos deparamos com Piraí Safari, que simula ,com arranhões nas cordas da guitarra, o som de andorinhas, dando todo um clima Surf Rock nesta faixa instrumental. Totalmente contagiante, a faixa torna impossível não balançar a cabeça e o corpo no maior estilo anos 50. O pique vintage se torna maior na segunda faixa com a utilização de um stylophone, uma espécie de sintetizador portátil dos anos 60 e que é controlado por uma tipo de caneta.
Mambo Cumba é a mais intensa do compacto. Aqui vemos riffs de guitarra mais pesados e um solo mais intenso e fritado. Ambos são acompanhados de gritos que entoam o nome da faixa, que se tornam o único vocal da mesma. Para fechar, The Trick vem com linhas mais arredondadas, ganhando forma de uma música feita para se cantar junto em um show.
A banda já se mostra conhecida em sua terra natal, o Rio de Janeiro, e com a sua qualidade mostra que tem total potencial para se apresentar nas casas de shows de outros estados brasileiros. Os Vulcânicos conseguem resgatar o classudo rock antigo mas sem trazer uma cara envelhecida com topetões encharcados de brilhantina ou usando uma camisa havaiana com um terninho branco por cima. Pelo contrário, vestem jeans e camiseta e trazem uma cara modernizada ao som, mas sempre bebendo do Rock clássico que sempre nos é bom de ouvir, e principalmente, dançar com intensidade.