A Estrada é uma prévia que Phill Veras nos deu de seu próximo álbum. Com três faixas, o maranhense revela como continuará sua poesia, interpretação e melodias no sucessor de Valsa e Vapor (2012).
Com relação ao seu trabalho anterior, minha impressão é que as novas músicas chegam com mais “presença”. A doçura e vocal melancólico do moço continuam presentes, mas as canções se mostram mais fortes, mais marcantes logo de primeira, sem perder as características que o colocaram entre um dos favoritos dos novos nomes da MPB independente.
Outra semelhança que ele guarda com o disco anterior é o fato de sua música-tema ser a mais carismática na obra. A Estrada conquista fácil o ouvinte com uma grande simpatia na hora de narrar uma declaração de nostalgia e carinho. Ela é suave, mas com uma força contida no instrumental e uma tensão interessante na métrica.
Daí vem Papo Banal e continua a mesma proposta em um tema metalinguístico e descontraído (“perco meu tempo fazendo música”). O Velho John Dizia fecha o pequeno EP cheia de hedonismo e uma busca contemporânea por alguma Pasárgada acompanhado de banda completa.
Fica a ansiedade para vermos o que Phill aprontará em seu próximo lançamento. Enquanto isso, as três novas faixas ampliam os horizontes das cinco de Valsa e Vapor e dão aos ouvintes um material sólido do músico para aliviar a ansiedade.
