Resenhas

Shamir – Resolution

Questões íntimas pertinentes aos nossos dias ganham contornos de vertentes do Rock

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Ano: 2018
# Faixas: 8
Estilos: Indie, Indie Rock, Rock Alternativo
Nota: 3.5

Shamir é Shamir e permanece Shamir do início ao fim não importa onde o universo colocá-lo” – A biografia do músico no Bandcamp permite leituras variadas assim que começamos a ouvir Resolution, visto que, mais uma vez, o artista norte-americano explora estéticas diferentes daquele Indie Pop que conhecemos em Ratchet (2015).

Continuando o que ouvimos em Revelations (2017), ele expande agora seu som dentro das vertentes mais Rock do Indie sem aquele caráter mais tímido de quem estava experimentando algo novo, como no disco do ano passado, munido agora de um outro volume sonoro (mais alto e denso em suas camadas) para cantar seus versos.

E está nas letras a essência que não muda “não importa onde o universo colocá-lo”: Shamir ainda canta de uma perspectiva muito pessoal sobre algumas sensações de ter vinte ou vinte e poucos anos hoje em dia: “when your head feels heavy/it keeps your feet on solid ground/but my knees feel weak/and i cant do anything, but lie down” (Dead Inside).

Ele canta sobre ansiedade, sobre faltas de perspectiva e o uso do álcool como um escape anestésico para seu cotidiano. Com grande cara de “obra autoral”, Shamir parece fazer um trabalho bastante orgânico para musicar suas letras com a urgência e a densidade que esses temas precisam sem criar um álbum cansativo ou melodramático.

Por outro lado, a personalidade forte de seus primeiros trabalhos parece dissipada em Resolution, que chega como um disco que surpreende mais por ser um lançamento daquele mesmo artista de 2015 do que por suas próprias características, tão similares a outras obras, muitas delas melhores, que encontramos por aí.

(Resolution em uma música: Dead Inside)

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BOM PARA QUEM OUVE: Frankie Cosmos, Alex G
ARTISTA: Shamir

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.