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Um disco de estreia sempre é um assunto muito comentado quando lançado. Diversos são os casos de bandas que devem boa parte de seu sucesso ao seu primeiro trabalho (podemos citar nomes como Arctic Monkeys, The Strokes e, é claro, Surfer Blood).
A banda ganhou relativo renome com o lançamento de seu primeiro disco, Astrocoast, de 2010 (tanto que este rendeu uma show no Brasil no início deste ano). Entretanto, o verdadeiro desafio está em manter a qualidade do primeiro álbum em seu sucessor, o famoso “teste do segundo disco”. É aí que o quarteto americano se perde um pouco.
Pythons parece se perder um pouco no momento que propõe novas referências. Enquanto no antecessor tínhamos uma vibe que explorava um Indie Rock um pouco mais reverberado pescando algumas influências de Vampire Weekend e até mesmo de The Drums, o novo registro traz uma sonoridade bem mais seca que se aproxima um pouco de bandas de Rock Alternativo do final dos anos 90 e 2000 (as quais se inlcuem Weezer, Rooney e um quê de My Morning Jacket).
Ainda que seja louvável o fato da banda querer inovar seu som, não há exatamente uma grande novidade no que escutamos. Claro que há momentos divertidos no disco, como ouvimos nas linhas de guitarra e violão de Blair Witch, na melodia da voz em I Was Wrong e na animada Say Yes to Me. Entretanto, o mérito dessas canções é merecido apenas por serem divertidos, mas sem chamar atenção demais.
Com um disco mediano, Surfer Blood é um caso triste que não passa do teste do segundo disco. Contudo, não é preciso descartar completamente da sua playlist, visto que eles tem uma capacidade de produzir discos bons como foi o caso do anterior a este. Infelizmente, agora é uma questão de esperar por um novo álbum para ver se a banda pretende inovar um pouco mais no futuro.
Surfer Blood – Gravity
