Muitas vezes, a proposta é boa, as referências são boas e a execução aqui e acolá é boa. Mas o apanhado geral não. É o que acontece em Sound Mirror, novo álbum dos britânicos da Syd Arthur.
Mesmo com oito anos de carreira, este é apenas o segundo disco do grupo. E o que notamos é que mesmo com passos lentos, parecem não ter se achado com excelência. Assim como no disco de estreia – On and On -, o quarteto continua apresentandoseu Rock Psicodélico com referências sessentistas/setentistas focando mais para o lado “Rock” evitando o viés Pop – que é a cara que mais se percebe no mercado da nova psicodelia.
Entretanto, se a ideia e referências são boas, o resultado decepciona. Com poquíssimos momentos de alta, o disco não cativa. Morno, com apenas algumas apresentações técnicas – principalmente na guitarra com riffs que misturam Rock Psicodélico com Progressivo – os vocais não passam lisergia ou energia, e as melodias no geral não empolgam. Se num primeiro momento, com a faixa de abertura, a instrumental Garden of Time, só voltamos a ter alguma emoção em Autograph e Forevermore. No geral, as músicas que não são ruins, mas não chegam perto de serem contagiantes – seja pelo sentimento que for – que é a missão de uma obra musical.
Assim sendo, parece que mesmo com um relativo tempo de estrada, Syd Arthur não se achou artisticamente, e infelizmente ficamos temos de ficar apenas na esperança de uma reformulação de suas composições.