Resenhas

The 1975 – Sex

Grupo inglês apresenta EP divido entre o etéreo e o Pop em que inclui a temática sexualizada que justifica o nome do disco

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Ano: 2011
Selo: Vagrant
# Faixas: 4
Estilos: Indie Pop, New Wave, Indie Rock
Duração: 15:30
Nota: 3.0

Integrante de uma trilogia de EPs, Sex é o segundo compacto da banda de Manchester The 1975 a ser lançado. Ainda no preparatório para o lançamento de seu disco de estreia, datado para o ano que vem e que contará com produção de Mike Crossey, que já trabalhou com Arctic Monkeys, Blood Red Shoes, Foals e Two Door Cinema Club, o quarteto traz mais 4 faixas que podem ser divididas em dois estilos facilmente notados, repetindo essa dualidade que também podia ser percebida em Facedown, o primeiro EP da banda.

As duas primeira faixas, Intro/Set3 e Undo abrem o EP trazendo uma atmosfera etérea e sublime, com elementos eletrônicos e vocais ambos suavizados, recebendo o ouvinte com gentileza e primazia, misturando uma sonoridade de Passion Pit com algumas lembranças de M83 principalmente na primeira faixa.

A segunda metade do disco já possui elementos de Indie Pop acentuados, como vocais energizantes e refrões marcantes e pegajosos, no bom sentido. Tal efeito é notado claramente na faixa homônima ao compacto, na qual o verso ““She’s got a boyfriend anyway” (De qualquer maneira ela tem um namorado), que se torna um refrão, é cantado por toda a extensão da faixa.

Com relação à temática, notamos que o disco não apresenta o nome de Sex à toa. Na faixa de mesmo nome, os versos apresentam uma narrativa em que os envolvidos vão se conhecendo, se despindo e indo para o quarto, concluindo e marcando firmemente com o verso “If we’re gonna do anything we might as well just fuck” (“Se nós vamos fazer alguma coisa poderíamos muito bem transar”). A sua posterior, You, responsável por encerrar o compacto, não fica atrás da temática sexualizada e solta em sua letra “And it’s not my fault/That I’ve fucked everybody here” (“E não é minha culpa/Se eu já transei com todo mundo por aqui”).

Essa, até certo ponto, bipolaridade de estilos e atitudes dentro de uma mesmo disco é curiosa. A temática sexual unida ao som Pop das duas últimas faixas confrontam as duas primeiras, gerando uma certa falta de identidade do The 1975. Mesmo que, em ambos os estilos, os ingleses tragam músicas bem executadas, pecam na questão de som uno, aquele que irá caracterizar a banda. O terceiro EP e a produção de Crossey no disco de estreia são duas ferramentas a serem utilizadas para essa construção, pois qualidade o grupo apresenta.

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BOM PARA QUEM OUVE: Passion Pit, M83, Foals
ARTISTA: The 1975
MARCADORES: EP, Indie Pop

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).