Resenhas

The Kooks – Junk of The Heart

Soando às vezes forçosamente Pop, a banda consegue estabelecer mais uma vez seus hits, seguindo o mesmo que já havia sido apresentado nos discos anteriores, agradando os fãs e tentando ganhar novos com suas inovações

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Ano: 2011
Selo: Astralwerks
# Faixas: 12
Estilos: Britpop, Indie Pop
Duração: 35:50
Nota: 2.0
Produção: Tony Hoffer
Livraria Cultura: 22866710

A maturidade parece não ter chegado ao The Kooks, que em seu terceiro disco continua com o mesmo estilo que o consagrou. Sem nenhum grande hit e sem nenhuma profundidade, Junk of The Heart cai num campo de experimentalismo Pop, uma tentativa de inovação que tenta conquistar novos fãs sem perder os antigos.

Mais uma vez produzido por Tony Hoffer, o mesmo de Inside In/Iside Out e Konk, esse disco fica preso ao que a banda já fazia nos anteriores, músicas superficiais e sem um tom de seriedade, com riffs animados e cheios de energia. Luke Pritchard e sua turma tentar trazer novo fôlego ao álbum com algumas pitadas de Ambiente Pop e New Wave.

Pritchard disse em entrevista que suas maiores influências enquanto escrevia as músicas que comporiam Junk of The Heart foram Lykke Li, LCD Soundsystem, Air e Phoenix. O disco anunciado desde 2009, ainda sem nome na época, demorou a ser gravado no meio de um turbilhão de festivais e shows e a ameaça de separação da banda. No começo de 2011, foi anunciada a tracklist e o nome do álbum e, logo em seguida, foi lançado o primeiro single, homônimo.

Muito mais Pop que seus antecessores, o disco tenta experimentar coisas novas. Taking Pictures of You pega emprestada sonoridades do Ambient Pop, com seus sintetizadores, reverberações e efeitos de guitarra. Runway traz uma carga de melodias New Wave e batidas que lembram o The Police. No meio disso, o disco continua com faixas que estão presas em um Britpop inofensivo e sem personalidade.

Com harmonias emprestadas do The Kinks, Eskimo Kiss é mais uma faixa mediana sem vida,que termina num grande “lalalala” puxado por Prithcard. How’d You Like That cai num grande clichê com seus refrão repetido à exaustão, parecendo que a música foi encomendada para ser um grande sucesso comercial nas rádios.

Sem muita expressão e vida, Junk of The Heart fica no meio termo entre o Pop das rádios e o experimental dos anos 80. Sem em nenhum momento encantar, a banda não perde o jeito The Kooks de ser, e o álbum agrada os fãs, mas não abre espaço para novos ouvintes.

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BOM PARA QUEM OUVE: The Wombats, The Drums, Arctic Monkeys
ARTISTA: The Kooks
MARCADORES: Britpop, Indie Pop

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts