Mantendo a fórmula do disco de estreia lançado em 2011, que leva o nome da banda, Widowspeak nos traz em Almanac onze faixas, mais 40 minutos para viajarmos pela doçura e magia de seu som. Simples e bonito, o disco consegue ser encantandor tanto com faixas mais ensolaradas quanto com as mais nubladas.
Com um Dream Pop/Shoegaze embalado pela linda voz de Molly Hamilton, acompanhada do bom instrumental de Robert Earl Thomas, a dupla, que é acompanhada por banda de apoio em apresentações ao vivo, dosa bem os elétricos fuzz e reverb das guitarras e do violão acústico. Além disso, vemos toques até mesmo de Surf Pop com riffs de guitarra ao fundo, como na faixa Ballad of The Golden – uma das mais belas do álbum – e de Folk, com violões muito bem executados, em Spirit is Willing, por exemplo, dando um tempero a mais para Almanac.
Entretanto, a essência da banda é a de nomes de peso como Mazzy Star e Yo La Tengo, passando uma atmosfera mais nebulosa com intervenções mais abertas por entre a obra. O resultado de Almanac é um disco formado pela simplicidade, delicadeza e fluência das faixas, que, num piscar de olhos, se encerram, mas não pela curta duração e sim pelo envolvimento do ouvinte, mostrando que Widowspeak mostrou saber muito bem o que está fazendo e por onde caminhar.