Móveis Coloniais de Acaju – Auditório do Ibirapuera, São Paulo

Segundo show da estreia de “De Lá Até Aqui” se mostrou impecável e quase como um encontro de velhos amigos entre banda e público

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Fotos: Leonardo Mascaro/ Auditório Ibirapuera
Nota: 4.5

Inaugurando seu mais novo disco, De Lá Até Aqui, o grupo brasiliense Móveis Coloniais de Acaju fez duas apresentações (sexta e sábado) no Auditório do Ibirapuera, que foi descaracterizado da cara sisuda de outras apresentações para se tornar palco de uma confraternização entre velhos (e novos) amigos.

Banda e audiência já se conheciam muito bem e o público já sabia o que esperar do show, portanto as formalidades de se sentar ao ver espetáculo ou mesmo de conferir se estava acomodado no lugar correto parecia não acontecer, tanto que grande parte do público se amontava na frente do palco ou nos corredores para manter a proximidade dos nove integrantes que pulavam e dançavam ali em cima do palco.

Ao abrir as cortinas uma tela desceu e lá foram projetadas animações mostrando alguns cavalos desenhados (símbolo do novo disco) e sombras da banda enquanto tocavam a primeira faixa do tal álbum. Após Sede de Chuva, a banda tocou Esquilo não Samba, canção presente em seu álbum de estreia, Idem (2005), e partir dai mostrou que mesmo este sendo um show para apresentar sua nova obra, antigos sucessos também estariam presentes.

E em meio a tantas novidades a presentou os fãs de longa data com faixas como Falso Retrato (U-hu), Cão Guia (com direito a solo de flauta de Beto Mejia) e O tempo, além do single Dois Sorrisos. Em um show impecável a banda seguiu apresentando ao público, que já sabia cantar muitas das novas músicas (se não inteiras, pelo menos os refrãos). E se não faltou fôlego em cima do palco, em baixo dele a plateia cantava, aplaudia, pulava e se divertia ao som das canções que o grupo cantava.

Das treze de catorze faixas de De Lá Até Aqui, destacaram-se ao vivo Longe é um Lugar (tocada na sequencia de Cão Guia), Amanha Acorda Cedo (uma das faixas mais cantadas pelo público), Amor é Tradução (canção em que André Gonzales chamou ao palco duas fãs para dançar com ele), Oi do Mal Irremediável (com direito a coreografia à la Boy Band da banda toda) e explosiva Melodrama fechando a primeira parte da apresentação.

A banda mostrou que mesmo suas faixas novas funcionam muito bem ao vivo e que conseguem deixar toda sua energia transbordar no palco. E energia é o que não faltou para o grupo brasiliense que estrou impecavelmente seu novo álbum em um show regado a danças, coreografias, pulos e muita novidade.

Set List

  1. Sede de Chuva
  2. Esquilo não Samba
  3. De lá até aqui
  4. Retrato Falso (U-Hu)
  5. Saionara
  6. Campo de Batalha
  7. Cão Guia
  8. Longe é um Lugar
  9. Amanha acorda cedo
  10. Beijo Seu
  11. Amor é Tradução
  12. Oi do Mal Irremediável
  13. Melodrama
    Bis
  14. Não Chora
  15. Dois Sorrisos
  16. Vejo Em Teu Olhar
  17. Nova Suinguera
  18. O Tempo

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts