3 discos para conhecer Curtis Mayfield
Por: Maurício Amendola Assis
Foto: David Reed
Curtis Mayfield é figura que remonta ao período germinal do Soul. Seguindo de perto a trilha deixada por Ray Charles e Sam Cooke, o músico de Chicago fez parte do momento em que o encontro entre Gospel e Pop acabara de ser consolidado.
Foto: Gilles Petard
Referência para Jimi Hendrix e Kanye West, Santana e Chuck D, o apelidado Gentle Genius foi um gigante da música, cuja mensagem colhia ensinamentos do retrovisor e apontava em frente. Aqui, do brilhante início na década de 1970 ao disco que encerrou sua carreira mais de 25 anos depois, selecionamos cinco álbuns de Curtis Mayfield.
Foto: Curtis Mayfield
"Curtis" (1970)
Seu primeiro disco solo abriu um leque de novas possibilidades para o Soul americano setentista – musical e discursivamente. Sob o próprio selo, o Curtom Records, a estreia solo mostra logo de cara que o Doo-Wop, o Pop Soul e as referências ao gospel mais “puro” do The Impressions haviam ficado para trás.
Foto: Michael Ochs
O álbum fica marcado por unir psicodelia soul, arranjos orquestrais riquíssimos e percussões com influências latinas em prol de ampliar o “say it loud, I’m black and I’m proud”, entoado por James Brown dois anos antes.
• “Move On Up” • “We The People Who Are Darker Than Blue” • “The Makings Of You”
Faixas que se destacam
"Super Fly" (1972)
Centrado na história de um traficante de drogas do Harlem, em Nova York, Super Fly foi a inspiração perfeita para Curtis compor aquele que, para muitos, é o seu melhor álbum.
Foto: Michael Ochs
Passando quatro semanas no topo do Billboard 200 e rendendo novos convites para Curtis compor trilhas sonoras, Super Fly foi sucesso de crítica e público e colocou o músico de Chicago no panteão do Soul.
• “Pusherman” • “Freddie’s Dead” • “Super Fly”
Faixas que se destacam
"There’s No Place Like America Today" (1975)
Este álbum parece fechar com chave de ouro esse início (solo) brilhante de Mayfiled, sendo o mais desacelerado e reflexivo de sua carreira. Um disco perfeito com suas sete faixas.
Foto: Norman Seeff
A recessão americana em decorrência das Crise do Petróleo nos anos 1970, o maior desemprego no país desde 1941 e as consequências disso, aliadas às históricas tensões raciais, inspiraram o músico em um repertório que une política, espiritualidade e esperança de maneira arrebatadora.
• “Billy Jack” • “Jesus” • “Blue Monday People” • “So In Love”
Faixas que se destacam