3 discos para conhecer João Donato

Por: Maurício Amendola Assis

Foto: Lucas Seixas

João Donato é pedra fundamental da Bossa Nova, ao mesmo tempo em que nunca se enquadrou a ela. A calmaria da voz e a personalidade sempre tranquila podem até iludir, mas nunca se engane: João Donato é inquieto.

Foto: Caroline Bittencourt

Se, nas teclas dos pianos, a Bossa se fundiu com Afro-Cuban Jazz, Funk, suingues caribenhos e explosões de sintetizadores, o caminho traçado pelo acriano também é cheio de movimento e idas & vindas. Aí vão 5 discos para viajar com nosso herói, tão discreto quanto genial.

Foto: Ekaterina Bashkirova

Muito À Vontade (1962)

Gravado em apenas dois dias, Muito À Vontade apresenta quase 30 minutos do suprassumo do Samba Jazz e é um cartão de visita perfeito para o groove inigualável de Donato.

Foto: Reprodução

A estreia de Donato é um encontro elegante – e à vontade – entre o Jazz e a Bossa Nova.

• “Muito À Vontade” • “Jodel” • “Minha Saudade”

Faixas que se destacam

A Bad Donato (1970)

Lançado entre a explosão e a ressaca do Flower Power, A Bad Donato – com subtítulo/spoiler: João Donato’s psichedelic funky experience –, vem, portanto, como a primeira (e mais convicta) aventura experimental de João Donato.

Foto: Reprodução

O suingue típico de seu piano recebe intervenções elétricas do Funk, do Funk Rock e sintetizadores envolvem um Jazz Fusion cheio de psicodelia e loops lisérgicos.

• “Bambu” • “Lunar Time” • “Straight Jacket”

Faixas que se destacam

Quem é Quem (1973)

O disco de 1973 marca a primeira vez que ouvimos a voz magistralmente acanhada de João Donato.

Foto: Reprodução

Musicalmente, Quem É Quem parece fundir cada faceta de Donato até aquele momento – dos ecos inescapáveis da Bossa Nova até o amplo domínio da música americana.

• “A Rã” • “Fim do Sonho” • “Amazonas”

Faixas que se destacam