3 discos para conhecer PJ Harvey

Por: Isabela Yu

Foto: Seamus Murphy

A década de 1990 foi decisiva para o tipo de arte que Polly Jean imaginava para si mesma, um trabalho fundamental para a sonoridade da década, e motivo para apelidos como “madrinha do Grunge” recaírem sobre a artista.

Foto: Seamus Murphy

Sua poesia, cuja inspiração vai de observações cotidianas e contato com a natureza até história da arte, religião, relacionamentos e política, costuma ser comparada a de nomes como Patti Smith e Nick Cave. Aqui, vamos mergulhar nos primeiros dez anos de carreira da singular PJ Harvey.

Foto: Maria Mochnacz

"Dry" (1992)

As músicas em banda ressaltam elementos de gêneros contemporâneos da virada dos anos 1990, como Grunge e Stoner Rock, já a versão demo evidencia o jogo entre o som da guitarra e a voz da artista. Suas letras parecem ainda mais implacáveis.

Foto: Jamil Gs

As primeiras composições navegam por temas recorrentes de sua trajetória, desde imagens bíblicas a reflexões sobre feminino e masculino, e ainda evidenciam seu tom visceral, que apareceria muitas vezes durante a década.

• “Dress” • “Hair” • “Water”

Faixas que se destacam

"Rid Of Me" (1993)

O encontro entre Steve Albini (Pixies) e Harvey foi certeiro e aprofundou a proposta intensa, agressiva e catártica. Ele tornou o som ainda mais original com a possibilidade de, sutilmente, agregar novos elementos, além de promover um arremate mais minucioso.

Foto: Maria Mochnacz

As letras do disco flutuam com facilidade por temas como violência, raiva, sexo, amor, da mesma forma que mantêm altas doses de ironia e descrições gráficas. PJ se tornou a voz dessa sua geração de mulheres punks que podem ser sádicas ou vulneráveis e podem gritar sobre o que quiserem.

• “Legs” • “Yuri-G” • “Man-Size”

Faixas que se destacam

"Stories From The City, Stories From The Sea" (2000)

O álbum, lido como Pop pela artista, rendeu seu primeiro Mercury Prize, além de indicações ao Grammy e ao Brit Awards. Este é o primeiro registro em que PJ divide os vocais e o escolhido foi ninguém menos do que Thom Yorke, àquela altura, já com status de lenda.

Foto: Maria Mochnacz

Criado após uma imersão de seis meses em Nova York, Stories pode parecer mais inclinado ao Rock Alternativo e ao Folk americano, porém mesmo nesses momentos não soa comum.

• “Good Fortune” • “The Whores Hustle and The Hustlers Whore” • “Kamikaze”

Faixas que se destacam