tantas coisas com Linn da Quebrada

Foto: Wallace Domingues

Por: Ana Laura Pádua

No tantas coisas, artistas compartilham sua coleção de coisas favoritas e contam histórias e preferências que fazem parte de suas carreiras e sua identidade. Nos palcos, no estúdio e no dia a dia. 

Foto: Mariana Maltoni

O meu lugar preferido para compor é…

Andando, caminhando, em trânsito. Confesso que eu não sou tão metódica quanto deveria ser na arte da composição. (...) O primeiro alvo de minhas canções sou eu mesma. Talvez, a maneira mais honesta de responder isso seria dizer que meu lugar preferido para compor é quando sei onde tenho que acertar a flecha. É quando estou em mim.

Eu sei que uma música está pronta quando...

Quando sinto que ritmo e melodia formam uma unidade com a música, assim eu sei que ela está pronta para mim e eu estou pronta para ela.

Meu ritual pré-festa/pré-festival…

Algumas vezes faço alguns exercícios, com toda equipe, que aprendi no teatro. Massagens, vocalizes, práticas que nos incorporem à nossa coluna e mantenha nosso olhar vivo e ativo, umas com as outras. É fundamental para mim saber com quem posso contar.

As minhas capas favoritas de disco são…

Jup do Bairro, do seu álbum "Corpo Sem Juízo".

"Rito de Passá", da Mc Tha.

"Rastilho", do Kiko Dinucci

"Do Cóccix ao Pescoço", da fabulosa Elza Soares.

Gostaria de compor uma track junto com...

Flora Matos, Black Alien e Edgar. O Edgar eu até já tenho falado sobre, logo menos pode ser que estamos por aí, desembocando em canções.

Foto: Mariana Maltoni

A última série que eu maratonei foi…

"Veneno". Uma série espanhola, sobre uma travesti chamada Cristina Ortis ou La Veneno. A série conta com um elenco sensacional, com muitas pessoas trans e travestis, todas assim, belíssimas e reais. (...) Muito inspiradora. A série foi o pontapé fundamental e a última gota que faltava para que eu decidisse botar os meus peitos.

As artistas que mais me influenciaram na decisão de fazer música foram...

Sem dúvida alguma, minhas parceiras e amigas, Liniker e Jup do Bairro. Eram pessoas que estavam próximas a mim e onde eu pude ver os diferentes sentidos que a música podia tomar. 

Foto: Mariana Maltoni

Elas foram as que mais me influenciaram, e até hoje continuamos a fazer isso umas com as outras.

Meu lugar favorito no mundo é...

A minha casa. Sou canceriana e, não que eu me apegue a isso pra me justificar, mas tenho amado ter um lugar pra onde voltar. Meu refúgio, minha cama, meu cheiro, minha cachorra, minhas roupas, minha desorganização organizada. É onde me sinto segura e livre para ser quem eu sou.

Foto: Mariana Maltoni

Os discos que eu mais ouvi na vida foram…

Antes de desenvolver o vozeirão grave que se tornaria sua marca registrada, ele usava a rouquidão de maneira mais singela e caminhava precisamente entre o Blues e o Jazz, além de breves incursões pelo Folk.

Além do meu próprio disco, porque sim, sou minha maior fã, foram quase todos os álbuns de Sandy & Junior e o The Beyonce Experience Live Audio. Esse talvez seja um lado que nem todas conhecem de mim, porém amo!

O que faz um date ser inesquecível…

Eu não sou muito de dates, acho que não sou muito boa na arte da paquera. (...) Porém, o que faz um date ser inesquecível é o olhar, a conexão, a entrega, a sinceridade e o cuidado com a outra pessoa. O date sem dúvida é mais importante que o “deite”. E para isso acontecer é necessário que haja conexão.